Solidariedade à família do menino que ficou tetraplégico depois de um passeio escolar.
Hoje acordei mais leve, depois de uma boa notícia que tive, e dei no BandCidade, ontem à noite.
Conseguimos apressar o pagamento de um salário mínimo de pensão por mes para dona Neusa, uma senhora sofredora, daquelas que não tem mais lágrimas para chorar.
Conheci essa mulher batalhadora quando gravava o BandCidadão em Santa Maria, cidade a 40 km de Brasília.
Dona Neusa deixou o filho ir a um passeio de escola, com professores e coleguinhas de classe. O passeio foi ao Parque da Água Mineral, em Brasília, onde as pessoas podem nadar em piscinas naturais.
Acontece que Jorge Renan, que tinha 11 anos na época, se afogou e demorou pra ser socorrido.
Sem oxigênio, ele teve uma lesão grave no cérebro e ficou tetraplégico.
Hoje, 5 anos depois ele está na cama. Não fala e tem braços e pernas atrofiados.
Para cuidar do filho nesses anos todos a mãe, dona Neusa, foi obrigada a largar os bicos que fazia como diarista.
Separada do marido, sozinha pra cuidar de Jorge Renan e outros 5 filhos menores, e sem emprego, a situação financeira da família está crítica.
Foi assim que conheci dona Neusa, esta semana: cheia de dívidas com mercado, telefone, energia elétrica e recebendo ajuda de amigos e parentes com cestas básicas para sobreviver.
Gravei uma entrevista com ela. A reportagem foi exibida no BandCidade, no Brasil Urgente do Datena e no Jornal da Band. Todos ficaram consternados com a história. assista aqui
Ontem à tarde, a assessoria do INSS informou que abriria um processo para que Dona Neusa receba um benefício dado a pessoas deficientes.
O valor é de salário mínimo por mês, que ela vai receber do governo federal para que possa cuidar do filho.
E os funcionários do INSS se dispuseram a correr com a papelada pra que ela tenha o primeiro dinheiro em mãos em 15 dias. Levaria um mês pelos trâmites legais.
É isso que dá prazer nessa profissão de jornalista. Ser uma ferramenta pra diminuir o sofrimento e melhorar a vida de alguém.
Claro que ela e Jorge precisam mais do que um salário mínimo pra sobreviver. E vão conseguir daqui pra frente.
A Defensoria pública move um processo contra o Governo do DF, já que a escola que levou o menino ao passeio é pública, e pede indenização de 500 mil reais à família.
E nós vamos acompanhar o caso. Até o fim.