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Chega de matar: carne de laboratório chega em 5 anos

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22 / 10 / 2015 às 00 : 00
Foto: BBC
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Pesquisadores holandeses, que conseguiram sintetizar o primeiro hambúrguer de laboratório – mostrado em 2013 no SóNotíciaBoa – afirmam que esperam começar a vender o produto dentro de cinco anos.

Os cientistas da Universidade de Maastricht, na Holanda, montaram uma nova companhia para transformar a carne artificial em um hambúrguer que seja, segundo eles, mais saboroso e barato.

Dois anos atrás, a equipe de pesquisadores mostrou um protótipo em Londres. Mas o custo para a produção desse hambúrguer era altíssimo: cerca de 215 mil libras (mais de R$ 1,2 milhão).

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“Estou confiante que, quando for oferecido como uma alternativa à carne, um número cada vez maior de pessoas vai achar difícil não comprar nosso produto por razões éticas”, disse à BBC o diretor da nova empresa, Peter Verstrate.

“Acredito que vamos colocar (o produto) no mercado em cinco anos”, disse o professor Mark Post, que desenvolveu a carne artificial nos laboratórios da Universidade de Maastricht.

Post acrescentou que, inicialmente, o produto estaria disponível apenas sob encomenda, mas, quando a demanda pela carne artificial se estabelecer e o preço cair, deve chegar às prateleiras de supermercados.

Células-tronco

O hambúrguer artificial é feito a partir de células-tronco, aquelas que podem se desenvolver em tecidos em diversas formas, tais como nervos e pele.

A maioria dos pesquisadores que trabalham com células-tronco tenta cultivar tecido humano para transplantes ou para substituir tecido muscular doente, células nervosas ou cartilagem.

Mark Post, no entanto, usa essas células para cultivar músculo e gordura para a fabricação dos hambúrgueres artificiais.

A carne sustentável

O processo começa com células-tronco retiradas do músculo de uma vaca. No laboratório, essas células são colocadas em uma cultura – uma solução – com nutrientes e elementos químicos que promovem seu aumento para ajudá-las a crescerem e se multiplicarem.

Três semanas depois os cientistas já estão com mais de um milhão de células-tronco, que são divididas e colocadas em recipientes menores.

As células já crescidas se transformam em pequenas tiras de músculo de aproximadamente um centímetro de comprimento e apenas alguns milímetros de espessura.

As pequenas tiras são então coletadas e juntadas em pequenos montes, coloridas e misturadas com gordura.

O hambúrguer resultante deste processo foi preparado e provado em uma entrevista coletiva em Londres, há dois anos.

Um especialista gastronômico que provou a iguaria disse que o gosto estava “próximo da carne, mas não era tão suculento”, mas outro disse que tinha gosto de um hambúrguer de verdade.

Com informações da BBC

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