Na avaliação, ao realizar passos do ballet como cambre e ponta com delicadeza e dedicação, a menina foi a única brasiliense a ser aceita para uma das 40 vagas disponíveis.

“Eu faço balé desde os 4 anos e gosto muito de dançar. Meu passo favorito é a abertura”, diz a menina, com a felicidade de ser aceita estampada num sorriso singelo.

“Quando Júlia era pequena e pediu para fazer balé, coloquei pensando em ser o sonho de toda criança, mas, aos poucos, fui vendo que, além de gostar muito, ela tem talento”, disse Cirlene Gerlach, mãe de Júlia, ao Correio Braziliense.

“Ela nunca dançou com vontade de competir, ela dança porque se sente feliz e gosta de fazer papéis dramáticos”, diz a professora Mylene Leonardo.

Ela avalia a postura da menina como diferencial. Para Mylene, que é dona do Studio de Ballet Mylene Leonardo, de Santa Maria, a dedicação e o porte físico ideal para dança são os destaques da pequena.

“Além do porte de bailarina, ela tem espírito artístico”, ainda segundo a professora, a vitória de Júlia foi muito importante, porque mostra o valor da arte que existe nas cidades-satélites, como, no caso, de Santa Maria.

Ao dançar, a menina apresentou a beleza dos saltos, giros e elasticidade da dança clássica e contemporânea.

E, ao ser avaliada por professores de educação física de balé comprovou a capacidade física e o desempenho intelectual para ser uma aluna do Bolshoi.O Bolshoi

Neste ano, o Bolshoi Brasil, sediado na cidade de Joinville, Santa Catarina, bateu recorde de inscrições, com 70 candidatos por vaga, entre eles 12 do Distrito Federal.

Para fazer uma ponte cultural entre o Brasil e a Rússia, a escola faz audições, anualmente, nas quais oferece bolsas para um número restrito de dançarinos.

Segundo a mãe da pequena dançarina, por ser uma oportunidade única, pretende se mudar com toda a família para Santa Catarina, e dar continuidade ao sonho de Júlia.