Uma bisavó indígena determinada acaba de salvar seu idioma.
Aos 81 anos Marie Wilcox é a última pessoa no mundo fluente na língua Wukchumi e para não deixar sua cultura morrer, ela aprendeu computação e criou o primeiro dicionário digital Wukchumni.
História
O povo Wukchumi tinha uma população de 50.000 pessoas, antes do contato com os colonizadores, mas agora são somente 200 pessoas vivendo no Vale de São Joaquim, na Califórnia, EUA.
O idioma foi morrendo aos poucos a cada nova geração, mas Marie se comprometeu com a tarefa de revivê-la, aprendendo a usar um computador preservar a história de seu idioma.
O processo levou sete anos, e agora que terminou, ela não pretende parar o trabalho de imortalizar sua língua nativa.
Vídeo
O documentário “Marie’s Dictionary”, disponível no Youtube, mostra a motivação de Marie e seu trabalho árduo para trazer de volta e registrar um idioma que foi quase totalmente apagado pela colonização, racismo institucionalizado e opressão.
No vídeo, Marie admite ter dúvidas sobre a gigantesca tarefa que ela se comprometeu:
“Eu tenho dúvidas sobre minha língua, e sobre quem quer mantê-la viva. Ninguém parece querer aprender. É estranho que eu seja a última… Tudo vai estar perdido algum dia desses, não sei”.
Mas com sorte, esse dia ainda vai demorar. Marie e sua filha Jennifer agora dão aulas para membros da tribo, e trabalham num dicionário em áudio para acompanhar o dicionário escrito que ela já criou.
Veja o vídeo (em inglês):
Com informações do QGA.