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Teste da pílula contra câncer da USP sai em 7 meses
16 de novembro de 2015
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Foto: divulgação
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O governo federal vai liberar 2 milhões de reais para que 3 centros de saúde façam a primeira fase de testes das polêmicas pílulas contra o câncer da USP de São Carlos, que várias pessoas acreditam serem eficazes no combate à vários tipos da doença.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 16 pelo ministro da Ciência, Celso Pansera. O dinheiro deve sair nos próximos 15 dias.

A primeira fase de análise será feitas pelos laboratórios da Universidade Federal do Rio, da Universidade Federal do Ceará e do Centro de Ensaio Pré-Clínico de Florianópolis, em Santa Catarina.

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A Anvisa vai acompanhar os testes desde a fase inicial.

Nesta terça-feira será pedida ao Instituto de Química da USP de São Carlos uma amostra de 500 gramas da da molécula sintetizada da droga, chamada fosfoetanolamina, para que sejam feitos os testes.

Os Ministérios da Saúde e de Ciência e Tecnologia acreditam que a primeira fase dos estudos em laboratórios, com testes em cobaias, deve terminar em 7 meses.

Só depois disso a droga será testada em humanos, em 3 etapas.

O governo quer saber se a polêmica pílula contra o câncer é toxica e também se é eficiente, como alguns pacientes dizem.

Para que a população possa acompanhar os andamentos dos testes, será criado um site que deve divulgar a evolução das pesquisas. Uma comissão de representantes da sociedade civil também foi criada para acompanhar os testes.

Durante a coletiva, o Ministério da Saúde enfatizou que não recomenda que as pessoas usem a fosfoetanolamina como tratamento contra o câncer antes da conclusão dos resultados das análises.

História

A fosfoetanolamina foi sintetizada pela equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos.

Ela ficou conhecida nas redes sociais como “pílula do câncer”, pela suposta capacidade de destruir tumores malignos.

O problema é que a substância não passou oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela legislação, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado por seres humanos.

Segundo o ministro da saúde, os donos da patente concordaram durante audiência pública no Senado, em cumprir as exigências científicas para determinar a eficácia da droga.

Eles vão participar do grupo composto por representantes do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para a realização dos estudos clínicos, os pesquisadores terão o apoio do Instituto Nacional do Câncer e da Fiocruz.

Em portaria assinada no dia 30 de outubro o Ministério da Saúde se comprometeu a estudar a droga – releia aqui – e foi o que fe agora.

Justiça

Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina é alardeada como cura para diversos tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos, por isso não é considerada um remédio.

Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos.

Até o momento, o grupo de pesquisadores que desenvolveu a síntese da fosfoetanolamina alegava que os testes clínicos não tinham sido concluídos pois havia má vontade por parte da Anvisa.

Com informações da CBN, G1 e Agência Brasil

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