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Brasil perto da cura da asma: planta do semiárido
26 de novembro de 2015
- Só Notícia Boa
Foto: PortalDoLitoralPB|
Foto: PortalDoLitoralPB|

O Brasil está perto da cura para asma, com um medicamento à base de uma planta nativa do semiárido.

É a Milona, que está sendo pesquisada há mais de 30 anos pela UFPB, Universidade Federal da Paraíba. E agora foi confirmado que em 1 ano ela finamente vai começar a ser testada em humanos.

Também conhecida como orelha-de-onça, a milona é uma planta originária do sertão nordestino, da região de Souza, no interior da Paraíba.

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Seu nome científico é Cissampelos sympodialis.

A milona uma trepadeira de folhas largas, em forma de coração, e de crescimento rápido, fácil de multiplicar e cultivar.

Eficácia

“A importância em relação a aminofilina, sintético tradicional, é que além da atividade bronco-dilatadora, a milona é capaz de regenerar os tecidos pulmonares. Assim, ela age nos sintomas, desinflamando e a pessoa pode até deixar de ser asmático”, revelou o diretor do Hiperfarma, Rui Macedo.

O Hiperfarma é o Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos ligado ao Centro de Ciências da Saúde. É lá que esse tipo de pesquisa do Hospital Universitário da UFPB é realizado.

Cerca de 40 pesquisadores e 220 alunos de pós-graduação desenvolvem estudos.

“A Milona foi trazida pela atual reitora Margareth Diniz, quando um médico relatou que o chá podia tratar bronquite e asma. Existem estudos cardiovasculares, de imunologia, psicofarmacologia e trato intestinal, mas a área respiratória é a que está mais configurada”, disse.

Foto: PlanetaSustentável
Milona – foto: PlanetaSustentável

Testes

A finalidade é tratar e até curar a asma, porém, embora haja resultados de eficácia, o produto ainda não foi testado em humanos. Ele espera que os testes sejam iniciados em um ano.

Com a conclusão da fase clínica, é preciso esperar mais dois anos para o registro da medicação.

Isso significa que os pacientes terão que esperar pelo menos até 2020 para que o medicamento chegue ao mercado. Além da demora natural dos estudos, faltou estrutura.

“Não tínhamos estrutura adequada para realizar os testes em humanos. O Hiperfarma é novo e agora sim podemos iniciar testes clínicos”, afirmou Marianna Sobral, diretora de farmacologia e toxicologia do instituto.

O diretor do instituto, Rui Macedo, explica que pesquisa fitoterápicos, acredita que as plantas medicinais vão reduzir a demora nas pesquisas, pois já parte de um conhecimento popular.

“Já é algo que a medicina popular utiliza para tratar doenças. Por isso, a gente já sabe se tem uso farmacêutico, com isso, o tempo da pesquisa será reduzido em comparação com os sintéticos”, complementou.

O chá de milona já é utilizado, mas não foi reconhecido ainda como planta medicinal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Com informações do PortalLitoralPB

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