Um verdadeira história de persistência e superação.
Melissa Campello desafia prognósticos desde seu nascimento, em 14 de setembro de 1991, em Pernambuco.
Ela chegou a ser condenada por um médico a sobreviver como um “vegetalzinho”.
O diagnóstico aconteceu após ela passar por um parto difícil e prematuro ao lado da irmã gêmea.
Mel cresceu, venceu o bullying, a falta de acessibilidade para cadeirante e os comentários preconceituosos sobre sua condição de pessoa com paralisia cerebral.
Mas este ano ela superou outra etapa: passou com 8.6 no 18° Exame de Ordem Unificado, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
124 mil pessoas se inscreveram para fazer os testes. A aprovação permite que o bacharel em direito seja inserido nos quadros da OAB como advogado ou advogada.
Como
Para conquistar a boa nota, Mel matriculou-se em um curso preparatório puxado e se dedicou ao estudo.
“Achei a prova fácil. Durante o teste, ainda podia usar mais uma hora, mas acabei antes”, explicou.
Um fiscal transcrevia e gravava as respostas de Mel. “A ajuda de minha professora Schanmkypou Bezerra foi fundamental”, disse.
Durante a preparação, Mel chegou a ouvir de alguns professores: “Você já fez muito concluindo o curso de direito”, como se a aprovação na OAB fosse algo inalcançável.
Exemplo
“Minha filha é uma gladiadora, uma guerreira, fortaleza, exemplo de coragem para muita gente que fica inventando desculpas para não seguir crescendo”, elogia a mãe.
Mel formou-se em direito pela Faculdade Guararapes no ano passado. Agora ela pretende estudar para concurso público.
Alfabetização
A paralisia cerebral de Mel não resultou em comprometimento cognitivo, apenas motor. Como não conseguia escrever, na escola alfabetizou-se usando uma máquina de escrever, hoje substituída por um computador.
Com informações do DiárioDePernambuco