Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa.
Os dois carros movidos a eletricidade que circulam em Brasília estão completando um ano de testes este mês, com elogios rasgados de um dos motoristas, ouvido esta semana pelo SóNotíciaBoa.
Os veículos foram cedidos à Organização das Nações Unidas (ONU) pela Itaipu Binacional e pela empresa portuguesa CEiiA., responsáveis pelo programa Mobilidade Inteligente (Mobi-i).
Vários pontos chamam a atenção do motorista, que pediu para não ser identificado – além de o carro não poluir o meio ambiente.
O primeiro elogio é justamente a economia. Com uma carga total de bateria ele tem autonomia para rodar o equivalente a 120 km.
O desempenho do motor também impressionou. O motorista disse que anda mais do que um carro à álcool e tem resposta rápida, com velocidade máxima de 140 km/h. Fora o silêncio do motor.
O lado ruim é que só tem dois eletropostos para abastecer na capital federal: uma deles na ONU.
Nesses locais, a bateria do veículo leva em torno de uma hora e meia para ser carregada totalmente.
“Usar um carro elétrico é cinco vezes mais barato que abastecer com gasolina, além de totalmente sustentável. Queremos verificar as necessidades do sistema para, no futuro, colocarmos esses carros no mercado”, disse o representante da empresa CEiiA, Tomé Costa, à Agência Brasil, quando os primeiros carros chegaram à capital federal.
História
O projeto, lançado em 2014, distribuiu carros elétricos em Curitiba, na própria Itaipu e em 2015 dois deles chegaram em Brasília.
A ideia é pesquisar como esses carros funcionam e o que eles representam em termos de sustentabilidade e economia financeira, além de sensiblizar a população para políticas sustentáveis e para inteligência no tráfego de veículos.
“Como é extremamente econômica e ecológica, é uma tecnologia impressionante. Vamos utilizar o veículo para permitir a análise dos dados, custos e das potencialidades de utilização da tecnologia. Ao mesmo tempo, é muito importante promover o sistema”, disse o coordenador do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek.
Com os carros que circulam em Brasília, será possível monitorar a quantidade de gás carbônico que deixou de ser liberada na atmosfera, os quilômetros percorridos, os recursos financeiros poupados (diferença entre o custo de produção da energia fóssil e o da elétrica), entre outras informações relevantes para o estudo.
Com informações do SóNotíciaBoa e AgênciaBrasil