Só Notícia Boa
Comercial
Alzheimer: terapia com cannabis pode melhorar cérebro
30 de maio de 2016
- Só Notícia Boa
Foto: reprodução
Foto: reprodução

Cientistas europeus descobriram que alguns efeitos da cannabis, nome científico da planta da maconha, pode ajudar no tratamento do Alzheimer.

A planta pode melhorar o consumo de energia pelo cérebro, que fica deficitário durante a doença.

O estudo, em ratinhos, foi liderado pela Universidade de Coimbra e pelo Centro para a Investigação Biomédica em Doenças Neurodegenerativas de Espanha e publicado em Março na revista Neuropharmacology.

Comercial

O desafio agora é separar os efeitos negativos e positivos da cannabis no tratamento.

O principal ingrediente psicoativo da planta, tetrahidrocanabinol (THC), atua sobre dois recetores, “CB1” e “CB2”, localizados no cérebro, algo como o bem e o mal.

Os recetores CB1 estão associados à morte neuronal, distúrbios mentais e vício em drogas ou álcool.

Já os recetores CB2 anulam muitas das ações negativas dos CB1, protegendo os neurônios, promovendo o consumo de glicose (energia) pelo cérebro e diminuindo a dependência de drogas.

A pesquisa constatou “que os recetores CB2, quando estimulados por análogos do THC quimicamente modificados para interagirem apenas com os recetores CB2 sem ativar o CB1 – evitando os efeitos psicotrópicos e mantendo os efeitos benéficos – promovem o aumento de captação de glicose no cérebro”.

Palavras de Attila Köfalvi, autor principal do artigo e pesquisador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da (CNC) da Universidade de Coimbra (UC).

Experiências adicionais com outras técnicas mostraram que este efeito do CB2 não se limita aos neurônios mas estende-se a outras células do cérebro que ajudam no funcionamento dos neurônios, os astrócitos.

No futuro, esta descoberta poderá abrir caminho para uma terapia paliativa na doença de Alzheimer”, diz o pesquisador.

A pesquisa contou com apoio internacional do CAI de Cartografia Cerebral do Instituto Pluridisciplinar da Universidade Complutense de Madrid, do Instituto de Tecnologia de Madrid e do Instituto de Investigações Bioquímicas de Bahía Blanca da Universidade Nacional del Sur da Argentina.

Com informações do BoasNotícias

Comercial
Notícias Relacionadas
Comercial
Últimas Notícias
Comercial
Mais Lidas
Comercial
Mais Notícia Boa
Comercial