Nada de ônibus, van, mãe, babá, nem filas duplas de carros na porta da escola.
Crianças de um colégio particular formaram o “grupo carona à pé”. Sim, elas vão juntas para a aula, acompanhadas por um adulto na frente e outro atrás.
A ideia foi da professora Carolina Padilha do Colégio Equipe, em Santa Cecília, região central de São Paulo.
O projeto que hoje envolve 80 alunos, 24 pais e professores, já entrou no radar de outras escolas da capital.
História
Ela começou a guiar a primeira rota de alunos em julho de 2015.
Pais e alunos gostaram do projeto. Uma mãe fez o site. Outra, advogada, o termo de consentimento dos pais.
As crianças também deram ideias como criar pontos de encontro próximos à escola para quem mora longe poder participar.
Com a adesão de mais pais e professores, o número de rotas cresceu. Hoje, são oito.
Regras
Há algumas regras gerais.
- Crianças vão em duplas de mãos dadas
- Um adulto vai na frente, outro atrás
- Todos usam uma espécie de colar de identificação do projeto.
Cada grupo tem autonomia para definir fatores como frequência semanal e cancelamento, ou não, se chover.
José Pupo, pai de uma aluna, coordena uma das rotas. A mais longa de todas, tem 1,9 km, da região do parque da Água Branca ao colégio, o que leva cerca de 25 minutos.
Seu grupo tem uma regra própria: a cada semana, uma das crianças é a líder: vai à frente, checa se há carros saindo de garagens e dita o ritmo da caminhada.
Esportista, Pupo leva uma mochila de turismo de aventura com quatro garrafas de água. “É uma oportunidade de fazer algo regularmente com a minha filha e passar alguns valores para ela”, diz.
Segundo a professora que idealizou o projeto, a ideia é, de fato, ir além da questão da praticidade e trabalhar temas como parceria, diálogo, mobilidade e segurança.
Após a divulgação da iniciativa na internet, pais de outras escolas a procuraram para replicar o projeto.
Com informações da Folha