Alunas brasileiras criam projeto sustentável que absorve óleo do mar
Duas alunas de escola pública criaram uma solução inovadora e sustentável para remover vazamentos de óleo do mar.
Núbia Marques da Silva e Aline Faustino Soares foram estudantes do curso Técnico de Logística Reversa da ETEC, Escola Técnica Estadual de Caraguatatuba, litoral de São Paulo.
Elas criaram um produto que absorve o óleo do mar e que usa a casca do coco como matéria-prima.
Em uma visita técnica ao Porto de São Sebastião as alunas conheceram a turfa canadense, um pó usado para absorver o óleo que os navios despejam nos oceanos.
“Na hora, eu percebi que aquele produto era muito parecido com a fibra de coco. Então, quando eu cheguei em casa eu resolvi fazer um teste de absorção, e deu certo”, conta Núbia.
As estudantes descobriram ainda que com a junção da fibra com penas de aves o resultado seria ainda melhor.
A biomassa gerada após o contato com o óleo também ajuda o meio ambiente, porque pode substituir o uso do carvão e até mesmo ser usada em usinas geradoras de energia.
As estudantes vêem no produto uma forma de barateamento no serviço de despoluição da água contaminada pelo óleo e pretendem colocar o produto no mercado.
“Nós queremos um patrocinador nacional, mas se alguma empresa fora do Brasil, que estiver participando da feira, se interessar pelo nosso projeto e nos ajudar a dar os primeiros passos, vai ser uma grande ajuda”, diz Núbia.
O projeto foi um dos 210 apresentados durante a 10ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza, no mês passado.
A descoberta
A iniciativa partiu do desafio de uma professora do curso Técnico de Logística Reversa.
Incomodada com o volume de cascas de coco verde que vão para o lixo na cidade, cerca de 16 toneladas por mês, Patrícia Pantojo propôs que os alunos achassem uma solução prática para o problema.
Além de não terem destino certo e poluírem a cidade, as cascas de coco são focos de dengue devido ao acúmulo de água.
O trabalho foi registrado em cartório e as autoras trabalham com a Agência Inova Paula Souza no processo para garantir a patente do produto.
Com informações do Meon