Cientistas acreditam que as células-tronco podem ser uma nova solução para a surdez genética. Elas poderiam restaurar a função normal das células ciliadas do ouvido e, como resultado, a audição do paciente.
A nova pesquisa da Dr.ª Sarah Boddy, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, investiga o potencial das células-tronco da medula óssea humana como uma forma de reverter a perda de audição.
A equipe dela mostrou que as células estaminais de medula óssea humana podem ser convertidas após a exposição a uma mistura de produtos químicos naturais produzidos por células fetais cocleares.
Pesquisadores disseram que células ciliadas do ouvido humano, podem ser utilizadas para substituir as defeituosas em pessoas que sofrem de surdez genética.
Eles esperam que um tratamento esteja disponível em dez anos.
Entenda
As células ciliadas do ouvido interno são encontradas na cóclea – parte espiral do ouvido interno – e formam um componente vital da nossa audição.
Se estas células são geneticamente alteradas, os pacientes podem nascer com graves perdas de audição.
Os nascidos com este problema são atualmente tratados com um implante coclear ou utilizam um aparelho auditivo, que ajuda na transferência do som para os nervos auditivos do paciente.
Porém, uma equipe projetou e cultivou as células-tronco que não possuem qualquer mutação.
“Estou muito animado com o que fizemos – esperamos que este trabalho leve à cura da surdez hereditária. Nós encontramos uma maneira de fazer células-tronco cocleares e o próximo passo é encontrar uma maneira de injetá-las com segurança no ouvido do paciente”.
Palavras do professor Kazusaku Kamiya, um especialista em doenças do ouvido que está conduzindo a pesquisa na Universidade Juntendo, em Tóquio, Japão.
Como
O estudo pretende corrigir uma mutação no gene responsável pela surdez, ou perda de audição, de uma a cada mil crianças.
Em algumas partes do mundo, as mutações das células da cóclea são responsáveis por até metade dos casos de surdez genética.
Cerca de um terço das pessoas de 65 anos dizem que estão com dificuldade de escutar. Esse número dobra de tamanho entre pessoas de 75 anos.
Com informações do JornalCiência e Stem Cell Reports.