A França inverteu a lógica e deu um passo importantíssimo para aumentar a doação de órgãos no país.
Desde o dia 1º de janeiro todos os franceses já são considerados doadores de órgãos automaticamente.
Quem não quiser doar terá que se declarar contrário, em um registro oficial chamado “cadastro nacional de recusa”. Aí a família não poderá mais interferir na decisão declarada.
Durante um mês, a Agência de Biomedicina do país organizou propagandas em massa na TV e internet explicando as novas regras de doação.
A decisão foi tomada depois do grande número de mortes na fila de transplantes da França em 2015.
Em um ano, dos 21 mil pacientes esperando por um órgão do país, 553 não resistiram, informou o jornal francês L’express.
Não doadores
Aqueles que não quiserem doar os órgãos podem preencher um registro na internet ou deixar uma declaração escrita e assinada com parentes antes da morte.
O desejo da família só será levado em consideração se for apresentada alguma prova de que o morto se recusava a ter os órgãos doados.
Ranking de transplantes
Na Europa, Espanha e Bélgica – países que também inverteram a regra de doação de órgãos – ficaram respectivamente, em 1º e 3º lugar em transplantes, de acordo com o Registro Internacional de Doação e Transplante de Órgãos em 2015.
No mesmo ranking, o Brasil está em 28º lugar, como o primeiro país da América Latina, com 14,1 transplantes realizados por milhões de habitantes.
Aqui, para ser doador de órgãos, o paciente precisa deixar familiares e amigos cientes do desejo, porque eles são os responsáveis pela retirada dos órgãos.
Eles também podem registrar o desejo com adesivos no documento de identidade.
Com informações da RFI e Curiosamente