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Peneira especial transforma água do mar em potável
3 de abril de 2017
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Membrana de óxido de grafeno separando água do sal - Foto: Universidade de Manchester
Membrana de óxido de grafeno separando água do sal - Foto: Universidade de Manchester

Uma invenção incrível é capaz de transformar água do mar em potável e ajudar milhões de pessoas que não têm água para beber.

Pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, criaram uma “peneira” de grafeno, que consegue remover o sal da água.

A peneira usa um derivado químico, o óxido de grafeno, e pode ser altamente eficiente na filtragem do sal.

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Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação científica Nature Nanotechnology.

Grafeno 

O grafeno, descoberto em 1962, é uma das formas cristalinas do carbono, como o diamante e o grafite.

Ele foi pouco estudado até ser redescoberto, isolado e caracterizado por pesquisadores da Universidade de Manchester em 2004.

O grafeno consiste em uma camada fina de átomos de carbono organizada em uma espécie de treliça hexagonal.

Suas propriedades incomuns, como sua força elástica e condutividade elétrica, o tornaram um dos metais mais promissores para futuras aplicações.

Como

Rahul Nair, que liderou a pesquisa e seus colegas, demonstraram que colocar paredes feitas de resina epóxi em cada lado da membrana de grafeno é suficiente para frear o inchaço do material.

Isso também permitiu aos cientistas ajustar as propriedades da membrana, deixando passar mais ou menos sal, por exemplo.

“Nosso próximo passo é comparar as membranas de óxido de grafeno com o material mais sofisticado disponível no mercado”, diz Rahul

Mas até o momento, era difícil e caro produzir barreiras de grafeno em escala industrial com os métodos existentes.

Custo

Rahul Nair revela, no entanto, que o óxido de grafeno pode ser feito facilmente em laboratório.

“Em forma de solução ou tinta, podemos aplicá-lo em um material poroso e usá-lo como membrana. Em termos de custo do material e produção em escala, ele tem mais vantagens em potencial do que o grafeno em uma camada.”

Em artigo na revista Nature Nanotechnology, o cientista Ram Devanathan, do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA, disse que seria preciso mais estudo para conseguir, de fato, produzir membranas de óxido de grafeno a baixo custo e em escala industrial.

Segundo ele, a equipe britânica ainda precisa demonstrar a durabilidade da membrana durante o contato prolongado com a água do mar e garantir que ela é resistente ao acúmulo de sais e de material biológico – o fenômeno requer que as barreiras de dessalinização existentes hoje sejam limpas ou substituídas periodicamente.

Até 2025, a ONU estima que 14% da população mundial enfrentará escassez de água.

Com informações do UOL e Nature Nanotechnology

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