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Remédio poderá queimar calorias sem exercício
3 de maio de 2017
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Foto: pixabay|contrações rápidas nas fibras musculares de rato Crédito: Salk Institute / Centro de Waitt
Foto: pixabay|contrações rápidas nas fibras musculares de rato Crédito: Salk Institute / Centro de Waitt

Conseguir os benefícios da corrida, como queima de gordura e aumento de energia, sem ter que fazer exercício.

O Instituto Salk (EUA) se prepara para produzir um remédio que poderá fazer tudo isso.

Pesquisadores do instituto identificaram um gene que é ativado por exercícios aeróbicos como a corrida.

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Os cientistas conseguiram ativar este gene em ratos sedentários com um componente químico.

O estudo foi publicado esta semana na revista Cell Metabolism.

Laboratórios farmacêuticos já manifestaram interesse em usar a pesquisa para desenvolver testes com o componente chamado GW, em seres humanos.

Obesidade

Um de seus usos poderia ser para aumentar a queima de gordura em pacientes obesos ou que sofrem com diabetes tipo 2.

“Sabemos que as pessoas podem melhorar o condicionamento aeróbico com treinamento físico.  A questão era: como o condicionamento funciona? Se realmente entendermos como funciona, poderemos substituir o treinamento por um remédio”, relembra Ronald Evans, o autor principal da pesquisa.

Desenvolver condicionamento significa conseguir manter uma atividade aeróbica por mais tempo.

O gene

Conforme a pessoa fica em forma, seus músculos deixam de consumir açúcar para queimar gordura.

Pesquisas anteriores de Ronald Evans identificaram um gene chamado PPAR delta que permite ao indivíduo correr por mais tempo, não ganhar tanto peso e responder bem à insulina – características associadas com o bom condicionamento físico.

A equipe então descobriu que um componente químico chamado GW1516 (GW) também é capaz de ativar o PPAR delta, replicando a perda de peso e resposta à insulina que o exercício físico traz.

contrações rápidas nas fibras musculares de rato Crédito: Salk Institute / Centro de Waitt
contrações rápidas nas fibras musculares de ratoCrédito: Salk Institute / Centro de Waitt

Teste

Ratinhos sedentários receberam o GW por oito semanas e foram testados na esteira para ver por quanto tempo conseguiam correr antes de ficarem exaustos.

O grupo controle, que não recebeu o componente, aguentou 160 minutos, enquanto os ratos que receberam o GW correram por 270 minutos, 70% mais tempo.

Para saber quando os animais estavam exaustos, os pesquisadores acompanhavam a quantidade de açúcar no sangue. Quando os níveis caíam para 70 mg/dl, os ratos ficavam com hipoglicemia.

Quando o corpo tem melhor condicionamento, ele queima mais gordura e preserva mais açúcar.

O açúcar pode ficar à disposição do cérebro, preservando sua função.

Essa diferença de consumo de gordura e açúcar explica por que um atleta se sente mentalmente cansado depois de uma corrida muito longa.

Com informações Science Daily

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