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Descoberto tratamento que protege grávidas do Zika vírus
27 de julho de 2017
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Foto: Icy Tales
Foto: Icy Tales

Boa notícia para grávidas que andaram preocupadas com a onda do vírus Zika no Brasil.

Cientistas chineses conseguiram deixar o zika vírus inativo em camundongos, bloqueando a entrada dele nas células por meio de uma molécula.

Este é o primeiro passo para um tratamento, que poderá ser ainda mais eficaz para proteger grávidas de serem infectadas.

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O artigo foi publicado nesta semana na Revista “Nature Communication” pelos autores Yufeng Yu e Shibo Jiang, e a pesquisa foi coordenada por Lu Lu, ambos da Universidade Fudan, de Xangai.

O zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, pode causar microcefalia congênita em fetos quando houver o contágio da mãe, gestante.

A técnica

A técnica chinesa inibiu o vírus em fetos e em fêmeas prenhas de camundongos.

Eles usaram peptídeos que são  moléculas orgânicas para atacar o vírus.

Os peptídeos são formados pela ligação de dois ou mais aminoácidos, os “tijolos” dos quais são feitas as proteínas.

O uso do peptídeo sintético derivado da região do caule da proteína do envelope que cobre o zika, designado Z2, inibe a infecção e outros flavivírus in vitro.

Eficaz em grávidas

A nova arma, Z2, interage com a proteína na superfície do vírus e afeta a integridade da membrana.

O peptídeo sintético pode passar pela barreira da placenta e penetrar os tecidos do feto, como demonstrado em roedores.

O Z2 protegeu contra a infecção pelo vírus e com isso, mostrou potencial para ser desenvolvido como tratamento antiviral contra a infecção pela zika em populações de alto risco, particularmente grávidas.

Já existem alguns compostos feitos com pequenas moléculas que podem ser usados para inibir a infecção, mas ainda não havia segurança para grávidas.

Há também um anticorpo (o ZIKV-117) que pode neutralizar algumas cepas do vírus, mas o alto custo pode limitar sua aplicação em países em desenvolvimento, como o Brasil, segundo os chineses.

Os cientistas dizem que o mecanismo pelo qual o peptídeo derivado do vírus pode inibir a infeção ainda não está claro, mas afirmam que ele tem “excelente perfis de segurança e farmacológicos”.

Com informações da Folha/Uol

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