Um detetive e um funcionário de um hospital da Praia Grande, no litoral Sul de São Paulo, encontraram a família de um paciente que estava internado desde o último dia 7. Ele não via os parentes há mais de 30 anos.
A Administração Municipal do Hospital Irmã Dulce achou a família de Anivando Gonçalvez Pires, de 45 anos.
O assessor de imprensa do hospital Antonio Cassimiro e detetive Sílvio Dionisio, de 49 anos, trabalharam juntos para desvendar o mistério.
A procura foi nas redes sociais e lá eles encontraram um parente próximo do paciente em Terra Boa, no Paraná.
“Não posso revelar a forma como encontro as pessoas, pois é uma ferramente de trabalho. Mas, sempre que está a meu alcance ajudo a desvendar casos de desparecimento. Já encontrei pessoas até fora do País”, disse à Tribuna o detetive, que trabalha na área há 30 anos.
Assim que recebeu a mensagem pelo Facebook, Luciana Gonçalves Pires, irmã de Anivando pediu ajuda ao irmão Reginaldo Gonçalves Pires para saber se a notícia procedia.
A família é de origem simples. São oito filhos, quatro homens e quatro mulheres. Todos permaneceram no Estado de Paraná, com exceção do pai e de Anivando.
“Estamos felizes. Minha mãe e irmã choraram bastante. Queríamos encontrá-lo com saúde e em uma situação melhor. Mas, se Deus quis assim, o que podemos fazer?, disse Reginaldo.
História
Ele conta, o irmão Anivando sumiu quando tinha 19 anos, após a separação dos pais.
“Ele ficou inconformado e desde então desapareceu. A gente tentou encontrá-lo, mas nunca tivemos sucesso. Não temos muita condição financeira, então tudo complicava. Há alguns anos, uma conhecida disse que achava que o teria visto trabalhando em uma praia no litoral de São Paulo, mas também não tinha certeza. Agora vamos cuidar do meu irmão”.
Anivando deu entrada no hospital após passar mal e ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Ele já havia passado pela unidade em maio desde ano, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele recebeu tratamento e deixou o local depois de receber alta.
Desta vez, devido ao dano decorrente da doença no cérebro, ele não consegue falar e já não responde aos movimentos do corpo.
O homem viveu nas ruas de Praia Grande até ser acolhido em um estacionamento, no bairro Guilhermina, onde fazia bicos em um quiosque local.
Até o final da semana, a assistente social do hospital deve arrumar os tramites para transferi-lo ao Estado do Paraná para que a família possa finalmente reencontrá-lo.
Com informações de ATribuna