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Novos antibióticos combatem superbactéria sem efeito colateral
5 de agosto de 2017
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Superbactéria - Foto: divulgação
Superbactéria - Foto: divulgação

Esperança no combate às superbactérias, resistentes aos atuais antibióticos.

Pesquisadores estão apostando agora em remédios à base de inibidores da enzima LpxC, importante na formação da membrana externa de várias bactérias.

Um grupo internacional de cientistas publicou esta semana no periódico científico “mBio”, um relato de experiências em laboratório que sugerem alta eficácia de um novo inibidor de LpxC, capaz de tratar infecções bacterianas graves, como a que causa a peste bubônica – doença diagnosticada em mais de mil pessoas ao ano e fatal se não tratada.

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O composto foi batizado de LPC-069 e não foi considerado tóxico pelos pesquisadores.

“Nosso estudo mostra que a enzima LpxC é um alvo viável e podemos administrar o composto em níveis muito altos sem toxicidade visível’, disse o bioquímico e biólogo estrutural Pei Zhou, da Universidade Duke, nos EUA, um dos líderes do estudo.

Efeitos colaterais?

A droga foi desenvolvida em conjunto com o químico Eric Toone, também da Duke, e com o biólogo Florent Sebbane, que é pesquisador do Instituto Pasteur de Lille, na França.

Ela não apresentou efeitos colaterais sérios em nenhuma das doses testadas, incluindo a dose mais alta, informaram os pesquisadores.

E estudos in vivo (quando se observa o que ocorre dentro de um organismo vivo) do composto mostraram atividade antibiótica contra mais de uma dúzia de doenças bacterianas, incluindo linhagens clínicas resistentes a múltiplos fármacos.

A pesquisa

Todas as bactérias foram cultivadas em pacientes do Hospital Universitário de Lille, na França, com exceção da Yersinia pestis, a que causa a peste bubônica. Esta foi testada somente em camundongos.

Os pesquisadores injetaram a Y. pestis em 15 camundongos. Os animais do grupo controle não receberam tratamento.

Dezoito horas após a infecção, os camundongos do grupo experimental foram tratados com alta dose de LPC-069. Cinco dias depois, os ratos não tratados estavam mortos, enquanto os ratos tratados com LPC-069 sobreviveram.

Os inibidores de LpxC representam uma nova classe de antibióticos que podem tratar uma série de doenças infecciosas causadas por micróbios hoje muito difíceis de combater.

Com informações de OGlobo

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