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Ciência a um passo de encontrar “cura” para obesidade
6 de agosto de 2017
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Stan Laurel e Oliver Hardy - O Gordo e o Magro - Foto: reprodução|Foto: Pixabay|
Stan Laurel e Oliver Hardy - O Gordo e o Magro - Foto: reprodução|Foto: Pixabay|

A obesidade pode ter “cura”. Foi o que descobriram pesquisadores da Universidade de Monash, na Austrália.

Eles identificaram como o cérebro administra a insulina no corpo, um importante hormônio sintetizado pelo pâncreas, que metaboliza os açúcares no sangue e coordena os gastos e as conservação de energia.

Os cientistas conseguiram determinar, pela primeira, vez qual é o exato mecanismo do cérebro que estimula o corpo a armazenar gordura.

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O segredo está nas células adiposas brancas e marrons, onde é armazenada a gordura chamadas de adipócitos, ou células adiposas.

Os adipócitos brancos são aquela gordura que insiste em se acumular nos quadris ou no abdômen e é culpada por grande parte das doenças cardíacas e por prejudicar a circulação sanguínea.

Já a gordura marrom é considerada uma gordura boa, porque ela contribui para a queima de calorias e, consequentemente, estimula o emagrecimento.

Segredos de ganhar ou perder de peso

Estudos prévios demonstraram que pessoas com células adiposas marrons têm mais facilidade para emagrecer e não ganham peso com tanta facilidade.

Um dos segredos do ganho e da perda de peso é que a gordura quando está armazenada, fica nas células brancas e quando é utilizada como um estímulo ao gasto de energia, muda para as marrons e vice-versa.

De acordo com os cientistas australianos, em pessoas obesas esse interruptor que liga e desliga a chave de branca para marrom permanece o tempo todo no modo armazenamento.

“O que nossos estudos demonstraram é que existe um mecanismo fundamental que garante que o gasto de energia seja combinado ao consumo. Por um longo tempo, o porquê isso ocorre foi a peça faltando no quebra-cabeça. Mas nós mostramos não apenas por que isso acontece, mas também o mecanismo envolvido. É muito emocionante”.

Palavras do líder da pesquisa, Dr. Garron Dodd, em entrevista à revista Cell Metabolism.

Os cientistas ainda estão estudando como podem reprogramar esse “interruptor” para estimular o gasto de energia e a perda de peso em pessoas obesas.

Mas veem a descoberta com otimismo, dado o crescimento do número de pessoas com obesidade no mundo e a gravidade dos problemas de saúde causadas pelo excesso de peso.

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A obesidade é um dos principais estímulos ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares.

As estatísticas mostram que 70 milhões de brasileiros estejam acima do peso e que 18 milhões de pessoas sejam obesas no Brasil — número equivalente à soma da população das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Os dados são da ABESO, Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Com informações da Superinteressante

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