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Esponja encontrada no Alasca pode combater câncer
9 de agosto de 2017
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Esponja do mar - Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration / Arquivo / AFP
Esponja do mar - Foto: National Oceanic and Atmospheric Administration / Arquivo / AFP

A cura para um tipo agressivo de câncer pode estar na natureza. Trata-se de uma esponja do mar.

Uma pequena esponja verde descoberta nas águas do Oceano Pacífico, no Alasca, pode ser a primeira arma efetiva contra o câncer de pâncreas, foi o que revelaram pesquisadores americanos.

“Ninguém imaginaria encontrar esta esponja que pode ser milagrosa”, disse em entrevista Bob Stone, pesquisador do Alaska Fisheries Science Center.

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Ele descobriu a esponja, chamada de “Latrunculia austini”, em 2005, quando explorava o fundo do oceano durante uma expedição no Alasca.

A esponja vive em rochas a uma profundidade de entre 70 e 219 metros.

Testes

Testes de laboratório revelaram que várias moléculas desta esponja destroem de maneira seletiva as células do câncer de pâncreas, revelou Mark Hamann, pesquisador da Universidade do Sul da Califórnia.

“Sem dúvida é o maior ativo molecular contra o câncer de pâncreas que já observamos”, disse Hamann. “Ainda há muito trabalho a fazer, mas é o primeiro passo-chave no processo de desenvolvimento de umtratamento”.

“Já identificamos 5 mil extratos de esponjas nas últimas duas décadas”, disse Fred Valeriote, do Henry Ford Cancer Institute em Detroit.

“Em termos deste padrão particular de atividade seletiva contra o câncer de pâncreas e de ovários, vimos apenas uma (outra) esponja com tal atividade, que foi coletada há muitos anos na Indonésia”.

A doença

O câncer de pâncreas é um tumor particularmente agressivo, difícil de tratar.

Ele avança lentamente, o que leva ao diagnóstico tardio dos pacientes, com poucas possibilidades de sucesso no tratamento.

Nos Estados Unidos, cerca de 53.000 novos casos de câncer de pâncreas serão diagnosticados em 2017, e mais de 43 mil pessoas morrerão por esta causa.

Apenas 14% deles sobrevivem após cinco anos com um tumor deste tipo, segundo a American Cancer Society.

Com informações da Exame

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