Um trabalho fantástico está sendo feito pela UnB. A Universidade de Brasília está fazendo e doando próteses faciais a pessoas mutiladas de baixa renda.
São próteses de nariz, olho, lábios e orelhas artificiais.
O trabalho de estudantes de odontologia da UnB – orientados por uma professora da instituição – está ajudando pacientes do Distrito Federal a retomar a autoestima e a qualidade de vida.
As peças são fabricadas no próprio Hospital Universitário de Brasília (HUB), moldadas para cada rosto.
História
Os atendimentos começaram em 2005 com uma voluntária, a professora Aline Úrsula. Formada em odontologia, a profissional fez especialização em prótese dentária e implantodontia, em São Paulo.
Ao retornar a Brasília, Aline decidiu aplicar as novas técnicas aprendidas em pessoas que não podiam pagar pelas peças.
Hoje o projeto de reabilitação de pacientes mutilados conta com 35 voluntários, entre estudantes, residentes e dentistas graduados.
Peças artesanais
O projeto não dinheiro para comprar uma impressora 3D para produzir as próteses, por isso elas são feitas em silicone, manualmente, pelos próprios estudantes. A professora dá suporte e acompanha cada fabricação.
No gesso, os voluntários moldam o rosto do paciente. Com as mãos e a ajuda de instrumentos próprios, a região mutilada vai ganhando uma nova forma, feita inicialmente com cera aquecida.
As peças são testadas nos pacientes e, quando adaptadas ao rosto, seguem para a fase definitiva de confecção, em silicone ou acrílico. O trabalho é minucioso.
“Fazemos uma caracterização para deixar mais próxima do real, depois cobrimos com acrílico transparente e fica pronta para entregarmos ao paciente”, disse ao G1 Manfredo Rodrigues, de 19 anos, estudante do segundo semestre de odontologia.
Atendimento gratuito
A reabilitação de pacientes mutilados é realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita.
Para ser atendido no HUB, o interessado deve buscar o atendimento na rede pública de saúde do Distrito Federal.
A indicação para o tratamento com próteses é feita, obrigatoriamente, por alguma unidade pública de saúde do DF, que encaminha o paciente ao HUB, via sistema de regulação.
No Hospital Universitário de Brasília a equipe realiza, em média, 20 atendimentos por semana. Cada paciente retorna de 3 a 4 vezes para dar continuidade ao processo.
Com informações do G1