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Descoberta substância que pode barrar vírus da zika
17 de agosto de 2017
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Fiocruz PE/Foto: Divulgação
Fiocruz PE/Foto: Divulgação

A descoberta contra a zika vem da Fiocruz de Pernambuco.

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz daquele estado descobriram uma substância que pode bloquear a reprodução do vírus zika em células epiteliais e neurais.

A substância, chamada 6-metilmercaptopurina ribosídica (6MMPr), atua contra o tipo de vírus zika que circula no Brasil.

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Os testes ainda estão no laboratório e mostraram a redução da produção do vírus em mais de 99% dos experimentos, que foram feitos com dosagens e tempos de reação diferentes – quanto maior a dosagem, maior a eficiência.

A toxicidade para células neurais também parece ser baixa, o que significa poucos efeitos colaterais.

“Diante das manifestações neurológicas associadas ao vírus zika e os defeitos congênitos provocados por ele, o desenvolvimento de antivirais seguros e efetivos é de extrema urgência e importância,” afirmou Lindomar Pena, coordenador da pesquisa.

A descoberta

A descoberta foi por acaso. Os pesquisadores da Fiocruz trabalhavam com a 6MMPr em um outro estudo, para combater um vírus que ataca cães, a cinomose canina.

“Nós identificamos que ela tem atividade contra a cinomose. E, por ser um vírus de RNA, assim como o zika, nós formulamos a hipótese que também funcionaria contra o zika,” contou Lindomar.

Produção

Serão necessário vários estudos para que a 6MMPr possa comprovar sua eficácia e segurança e virar um medicamento a ser produzido em larga escala.

O próximo passo é o teste em camundongos e depois serão necessárias outras duas espécies de animais até chegar ao teste em humanos.

Nesse processo, é comum ser necessário alterar a substância, para se contrapor a eventuais problemas identificados nos experimentos.

De acordo com Lindomar Pena, o tempo médio até que todo esse processo transcorra normalmente é de 10 anos.

“Mas, por causa da importância e da gravidade do zika, pode ser que esse período possa ser reduzido pela metade,” estima.

Com informações do Diário da Saúde.

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