Só Notícia Boa
Comercial
Cientistas revertem cegueira em ratos: retinose pigmentar
4 de outubro de 2017
- Só Notícia Boa
Camundongos idosos viveram mais 18 semanas com a terapia genética para rejuvenescer - Foto: Pixabay
Camundongos idosos viveram mais 18 semanas com a terapia genética para rejuvenescer - Foto: Pixabay

Cientistas da Universidade de Oxford conseguiram reverter em ratos a cegueira provocada pela retinose pigmentar.

A retinose pigmentar é a causa de cegueira mais comum entre os jovens. Atinge 1 em cada 4 mil pessoas no planeta e era tida com irreversível.

Graças à terapia genética, foi possível reprogramar as células da visão que sobraram e aumentar a sensibilidade dos olhos das cobaias à luz. O estudo foi publicado no jornal PNAS.

Comercial

Os cientistas esperam que a técnica sirva para recuperar pacientes em estágios terminais de perda de visão.

“Os efeitos da retinose pigmentar para as famílias que têm de conviver com essa doença é devastador, e nós gastamos vários anos trabalhando em novas formas de reduzir as perdas e começar a restaurar sua visão”, explicou Robert MacLaren, professor da Universidade de Oxford.

“Essa nova técnica é promissora porque, ao usar uma proteína humana que está presente no próprio olho reduzimos as chances de causar uma resposta imune no organismo”.

Técnica

Mesmo com a morte dos fotoreceptores as outras células da retina que não são sensíveis à luz permanecem intactas.

Foi daí que os pesquisadores estimularam essas células a “copiarem” a habilidade das irmãs falecidas.

Eles injetaram na retina das cobaias um vírus modificado, encarregado de despejar um de seus genes dentro das células remanescentes.

Esse gene permitiu às sobreviventes começarem a expressar a melanopsina, proteína sensível à luz.

Assim, as células se tornaram capazes de responder aos estímulos visuais e a repassá-los ao cérebro, o que fez recuperar a visão dos ratos cegos.

Progresso

Os roedores melhoraram significativamente sua resposta a estímulos visuais.

Eles se tornaram mais capazes de reconhecer objetos em seu ambiente e ficaram mais atentos aos seus arredores, em comparação a ratos cegos que não passaram pelo tratamento.

“Há um grande número de pacientes nessa situação, e a possibilidade de devolver a eles ao menos parte dessa função – usando um procedimento genético simples – é animadora”, contou Samantha de Silva, que liderou o estudo.

“Nosso próximo passo será dar início aos testes clínicos com pacientes humanos”, completa.

Com informações da Superinteressante

Comercial
Notícias Relacionadas
Comercial
Últimas Notícias
Comercial
Mais Lidas
Comercial
Mais Notícia Boa
Comercial