Um novo teste pode detectar o Alzheimer antes que os sintomas apareçam no paciente.
Os pesquisadores da Universidade de Zagreb, na Croácia, usaram uma ferramenta chamada Magnetoencefalografia (MEG), que é uma técnica de imagem, uma espécie de biomarcardor.
Eles dizem que a ferramenta para avaliar os pacientes é ideal porque até agora teve 100% exatidão. E ela é importante porque quanto mais cedo a doença é descoberta, maiores são as chances de tratamento com sucesso.
Os resultados do estudo foram publicados no jornal de Human Brain Mapping.
Os testes
Os pesquisadores realizaram exames neurológicos em 20 indivíduos com idade entre 63 e 87 anos.
A metade dos participantes possuía habilidade cognitiva normal e o resto apresentava sinais de comprometimento cognitivo.
Eles descobriram que as regiões pré-frontais dos cérebros dos participantes saudáveis reagiram aos testes que eles realizavam.
No entanto, as mesmas regiões no cérebro de participantes que apresentaram sintomas associados à doença de Alzheimer não foram ativadas.
A Dra. Sanja Josef Golubic, que trabalhou no relatório, falou sobre o significado dessa detecção precoce:
“É altamente provável que esses indivíduos estejam numa fase AD pré-clínica, uma vez que mostram danos neuropsicológicos e neurofisiológicos característicos de um tipo de demência AD”, disse o Dr. Josef Golubic.
Até agora, os médicos só conseguiram diagnosticar a doença de Alzheimer com base nos sintomas que um paciente apresenta, porque nenhum teste pode revelar se o paciente tem ou não a doença.
Os autores que trabalharam na nova pesquisa classificaram a propagação da doença de Alzheimer como “um dos maiores desafios globais de saúde pública que enfrenta essa geração”.
“Pesquisadores em todo o mundo estão buscando maneiras precisas de identificar as pessoas nestes estágios iniciais, já que a captura antecipada pode oferecer uma oportunidade vital para tratar a doença subjacente e atrasar, ou mesmo prevenir totalmente o início da demência”, disse Dr. Doug Brown, da Alzheimer Society.
Ele acrescentou que a doença pode progredir por mais de uma década antes de os pacientes chegarem à demência.
Com informações do Daily Mail