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Vovó de 99 é melhor aluna da classe e mais pontual
13 de outubro de 2017
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Foto: Alisson Louback/Uol|Foto: Alisson Louback/Uol
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A sede de aprender é tanta que uma vovó de quase 100 anos – mais velha da rede municipal de Salvador – é a melhor aluna da tuma e a mais pontual.

Norberta de Assis, 99, é frequentadora assídua da Escola Municipal Comunitária Cristo Redentor, que fica no Nordeste de Amaralina, bairro da periferia da capital baiana.

Ela está no projeto TAP 2 – Tempo de Aprendizagem – e estuda no equivalente a antiga 3ª série do ensino fundamental.

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No final de 2018, se concluir o curso com sucesso, dona Norberta sairá oficialmente alfabetizada, com direito a diploma… e tudo o que tiver direito.

Rotina de estudante

Apesar de caminhar com certa dificuldade, o trajeto percorrido até a escola não é empecilho para a vovó. Ela mora a pouco mais de 50 metros de lá.

E estudante centenária é pontual nas aulas, que vão das 19h às 21h15.

“Ela não abre mão de chegar pelo menos meia hora antes. Todos os dias, faça chuva ou faça sol”, elogia Paula Souza, 37, coordenadora pedagógica.

O boletim comprova que a aluna de 99 anos é de fato a que mais se destaca na turma.

“Dona Norberta só tira notas boas. As notas dela são sempre na casa dos 7, 8 e 9”, acrescenta a coordenadora pedagógica.

Infância no sertão

Ao fim de 2018, quando concluir o curso, dona Norberta sairá oficialmente alfabetizada, com direito a diploma e tudo o que tiver direito.

A vovó nasceu em 17 de dezembro de 1917 na pequena Irará, no sertão da Bahia, a 140 km da capital, onde casou, teve 8 filhos e passou a infância e uma parte da vida adulta.

“Trabalhava na enxada, no corte da mandioca e de fumo. Tudo isso eu fazia. Mas não gostava de ir pra escola.”

Sozinha

Atualmente, dona Norberta mora sozinha e sobrevive com a pensão do marido.

E foi assim que  ela decidiu encarar o desafio da escola.

Regina Souza dos Santos, 45, gestora da unidade de ensino conta que em mais de duas décadas atuando na área de educação, nunca viu alguém com a mente tão longeva como a de dona Norberta.

“Ela é muito ativa… a única coisa que precisamos adaptar às necessidades dela foi aumentar o tamanho das letras. Quanto às outras atividades, ela faz tudo sem problemas e não atrasa a turma”, diz.

“Se começa uma atividade, quer logo terminar. Se não está conseguindo fazer, ela pergunta. Mas sempre termina”, conclui.

Foto: Alisson Louback/Uol
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Com informação do Uol.

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