A honestidade de um Policial Militar salvou um sorveteiro de Itaquaquecetuba, em São Paulo, que perdeu um maço de dinheiro quando conversava com um amigo, em frente ao Batalhão da PM na cidade.
Alguns vão dizer que o policial não fez mais que a obrigação, mas exemplos assim precisam ser mostrados para inspirar outras pessoas, que não teriam a mesma atitude nem por obrigação.
O vendedor de sorvetes Marcos Fraga, de 46 anos, havia juntado durante 3 meses o valor – R$ 1.050 – para pagar uma dívida.
O soldado da Polícia Militar Douglas da Silva Clemente encontrou o maço caído no chão na última quinta-feira, 19, quando saía do trabalho.
“Eu saía do batalhão quando vi o dinheiro caído no chão. Eu peguei e pensei em quem era o dono. Como tinha muita gente na frente não dava para perguntar de quem era. Então, entrei e deixei com o meu superior, que encaminhou ao coronel, que lacrou o maço e colocou no cofre da corporação”, explicou.
O maço de dinheiro não tinha identificação.
Desesperado, o vendedor saiu procurando pelos lugares por onde havia passado na quinta-feira.
“Eu parei na frente do Batalhão para cumprimentar um colega e não vi quando o dinheiro caiu do meu bolso. Fui dar falta do dinheiro na hora de pagar a dívida. Eu procurei dentro do carro. Então, voltei ao Batalhão onde parei. Perguntei lá e chamaram o comandante, o Coronel Caldeira, que me disse que um policial tinha achado”, contou o sorveteiro.
Honestidade
O policial, que está endividado, contou que só pensou em devolver o dinheiro para o dono.
“Quem não tem dívidas? Mas mesmo assim nunca pensei em pegar o dinheiro para mim.”
Graças à honestidade do soldado Marcos Fraga recuperou o dinheiro na última sexta-feira (20) e pagou sua dívida. Mas o sorveteiro confessa que ficou desesperado.
“Eu fiquei preocupado mesmo. Juntar dinheiro e depois perder é desesperador. Não esperava receber”, contou Marcos, que há 15 anos vende sorvetes na cidade.
O sorveteiro elogiou a honestidade do policial, que deve servir de exemplo qualquer um.
“Foi bonito o que ele fez. É difícil ver pessoas assim, talvez se fosse outro eu estaria triste até hoje.”
Com informações do G1