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Ratos paraplégicos voltam a andar com células-tronco
17 de novembro de 2017
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Foto: Reprodução Haaretz
Foto: Reprodução Haaretz

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia Technion-Israel e da Universidade de Tel Aviv conseguiram fazer com que ratos paraplégicos voltassem a andar.

Os roedores também recobraram percepções sensoriais e tiveram sinais de recuperação da medula espinhal.

A pesquisa, que foi publicada este mês na revista científica Frontiers in Neuroscience, foi liderada por dois professores:

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Shulamit Levenberg, diretor da Faculdade de Engenharia Biomédica da Technion e Daniel Offen, da Faculdade de Medicina de Tel Aviv Universidade e chefe do laboratório de neurociências.

Também fizeram parte do estudo estudantes de doutorado Javier Ganz e Erez Shor.

“No passado, os cientistas conseguiram reabilitar a medula espinhal usando células-tronco, mas esta é a primeira vez que as células-tronco restauraram a sensibilidade nos membros e a capacidade motora complexa, incluindo a caminhada rápida, de forma significativa, dentro de apenas algumas semanas”.

Palavras de Shulamit Levenberg.

Como

Os cientistas implantaram nas cobaias células-tronco humanas derivadas do revestimento da membrana da boca.

As células foram diferenciadas em laboratório para que ficassem responsáveis pelo desenvolvimento neural.

Antes de aplicarem as células, foram adicionadas enzimas e proteínas humanas para estabilizar a interação celular com a rede de neurônios motores presentes na medula espinhal dos ratos.

Formada por tecido nervoso, a medula espinhal ocupa o espaço do interior da coluna vertebral e é responsável por transmitir os impulsos nervosos transmitidos pelo cérebro para todo o corpo.

Lesões como a paraplegia e a tetraplegia são causadas por lesões medulares, levando à perda do controle e da sensibilidade dos membros.

Resultados surpreendentes

De acordo com os pesquisadores, os ratos que foram tratados com as células-tronco apresentaram uma melhora de sensibilidade e movimento em três semanas.

42% das cobaias conseguiram suportar peso em suas patas e caminhar, enquanto 75% dos animais recuperaram as percepções sensoriais em seus membros e na cauda.

O grupo que não recebeu as células-tronco não apresentou nenhum tipo de recuperação ou melhora.

Com capacidade de se dividir e se especializar em diferentes tipos de funções, as células-tronco são utilizadas para regenerar tecidos e realizar funções específicas e deficientes em um organismo.

Elas são encontradas em diferentes tecidos de pessoas adultas, como na medula óssea, no sangue e no fígado.

Em humanos

De acordo com os cientistas, os resultados vão permitir “uma melhor eficácia e definir a intervenção ideal para o tratamento da lesão da medula espinhal”.

“Mas ainda existe um caminho a percorrer, antes que o procedimento possa ser aplicado aos humanos”, disse o Prof. Shulamit Levenberg.

Com informações da Haaretz e  Revista Galileu

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