Lembra da menina que provocou um fila enorme para doação de medula óssea no final do ano passado, porque “não aguentava mais fazer quimio”? – Releia aqui – Deu tudo certo e a pequena Júlia Abrame de Oliveira teve alta do hospital esta semana.
Moradora de Tatuí, interior de São Paulo, ela estava internada desde fevereiro no hospital Santa Marcelina, na capital, onde passou por um transplante de medula óssea. Como a família não encontrou um doador 100% compatível, o transplante foi feito com o pai, que tem o órgão com 50% de compatibilidade.
Boa notícia veio no dia 28 de fevereiro: a família foi informada pela equipe médica que o procedimento “foi um sucesso” e a medula nova “pegou” no corpo da Júlia.
“Estamos muito felizes com tudo isso… Deu tudo tão certo e os exames estão tão bons, que ela vai precisar ir duas vezes por semana em São Paulo apenas para fazer o acompanhamento e não um dia sim e um dia não”
“Então, estamos voltando pra casa, onde continuaremos com o tratamento com medicamentos e uma série de cuidados. Mas o pior já passou e agora é uma nova vida”, conta a mãe, Adriana Abrame.
Ainda de acordo Adriana, uma festa foi feita para comemorar o “renascimento” de Júlia.
“É uma alegria que não cabe no peito. Minha filha nasceu de novo. Sabíamos que era um processo que não ia ser fácil, mas estávamos crendo que tudo daria certo. A Júlia não desistiu e graças a Deus tivemos essa notícia maravilhosa. Fizeram até festa pra comemorar”, diz.
‘Faria de novo, mil vezes’
“O sentimento agora é de gratidão. A gente faz tudo pelos nossos filhos. Então, pela minha filha, eu faria de novo, mil vezes se fosse necessário, a doação de medula óssea. O que importa é que ela fique bem e se recupere”, disse o pai da Júlia, Antônio Sérgio de Oliveira, ao G1.
História
Júlia foi diagnosticada com leucemia há seis anos e os pais lançaram uma campanha nas redes sociais em busca de um doador de medula óssea, já que nem a irmã mais nova é 100% compatível.
Como não encontraram um doador compatível e o organismo da menina não suporta mais quimioterapia, os médicos sugeriram que Júlia fosse submetida ao transplante de medula haploidêntico, que é feito com alguém 50% compatível. No caso, o doador foi o pai.
Fila gigante
Mais de 1,6 mil pessoas formaram uma fila para se cadastrar como doador de medula óssea para ajudar a Júlia no dia 28 de outubro.
O mutirão foi organizado no Centro Médico de Especialidades Médicas (Cemem) por uma amiga da mãe da menina, que é enfermeira e se sensibilizou pela história.
Adriana conta que, além das pessoas que se cadastraram, cerca de 400 pessoas foram dispensadas, por falta de kits para coleta de sangue.
Com informações do G1