O governo japonês procura mais de 500 mil trabalhadores estrangeiros para compensar a falta de mão-de-obra no país.
A medida faz parte da nova política econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Os trabalhadores estrangeiros serão autorizados a permanecer no Japão por cinco anos para trabalhar na agricultura, construção, hospedagem, enfermagem e construção naval.
Requisitos
Os candidatos terão que passar em um teste para comprovar que têm domínio na área que escolheram e no idioma japonês.
Os aprovados pelo programa de treinamento do país estarão isentos do teste e poderão permanecer por um total de 10 anos no Japão.
Vagas limitadas
A nova política cria empregos para trabalhadores estrangeiros limitados a cargos altamente especializados. Havia preocupação de que o aumento de imigrantes poderia levar a um crescimento na criminalidade.
Legisladores dentro do Partido Liberal Democrata continuam preocupados e dizem que em fevereiro não pretendem mais abrir o país aos imigrantes.
A estrutura incluirá o limite de cinco anos, além de impedir que trabalhadores estrangeiros levem membros da família com eles.
Ajuda
As empresas que contratarem trabalhadores estrangeiros serão obrigadas a apresentar um plano de apoio que inclui ajudar os trabalhadores a encontrar moradia e ter aulas de idiomas.
Pequenas empresas poderão pedir ajuda a uma organização certificada pelo governo.
Um recorde de 1,28 milhão de estrangeiros trabalhava no Japão em 2017, mais que o dobro dos 480 mil de 2008.
Quase um terço deles, com 29%, eram da China, seguidos por 19% do Vietnã, 12% das Filipinas, 9% do Brasil e 5% do Nepal.
O Japão sofre uma grave escassez de mão de obra desde que os baby boomers – geração dos nascidos após Segunda Guerra Mundial até a metade da década de 1960 – deixaram a força de trabalho
As empresas também têm relatando piores condições desde o início dos anos 90, em uma pesquisa do Banco do Japão realizada em março.
Com informações da IPC Digital