Um aluno de 18 anos, de Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo – aprovado no MIT, Instituto de Tecnologia de Massachssets, nos EUA – é um exemplo de determinação e vitória.
Mesmo não fazendo parte de uma família de posses, ele embarca em julho para os Estados Unidos, onde vai fazer um curso de férias.
Mas não foi fácil. Robson Vinicius de Amorim Silva conseguiu 98% da bolsa, estadia e ganhou as passagens da escola em que estudou, o Sesi. Porém faltavam R$ 3 mil para gastos com alimentação e documentos.
E ele conseguiu se desdobrando: “Estou vendendo trufas, rifas e recebi algumas doações. Tecnicamente já atingi minhas metas para ir para o MIT, algumas pessoas falaram que vão depositar na segunda-feira [11] a doação [que falta]”, disse Robson em entrevista ao SóNotíciaBoa.
O valor que precisava levantar veio em menos de 2 meses: “Já tem pelo menos um mês e meio rodando [com a food bike, vendendo trufas]”, revelou.
Campanha
Robson faz parte de uma campanha para ajudar jovens a atingirem sua metas.
Trufas
Esta não é a primeira vez que o estudante vende doces para pagar estudos.
Quando estava no ensino médio, ele sugeriu aos amigos que fizessem trufas para levantar dinheiro e comprar os equipamentos para montar robôs para as Olimpíadas de Robótica.
O valor foi investido na compra de sensores, baterias, impressão em 3D, entre outros sistemas para a montagem de robôs. Com isso, o grupo conquistou o primeiro lugar nas etapas regional e estadual e o quinto na disputa nacional.
A ideia de retomar as venda de doces veio após a aprovação no curso de férias do MIT.
Mais vendas
E ele avisa que não vai parar com as vendas porque tem outro sonho agora.
Robson quer fazer graduação nos EUA: “Pretendo fazer engenharia e ciência da computação”, conta.
Pra isso vai continuar fazendo suas vendas na cidade de Suzano com preços honestos: “Trufa: R$2,0 , Cone trufado R$ 2,5, Alfajor R$ 2,5, Cocada R$ 2,0”, diz.
Conquista dupla
A conquista representa também uma superação: na infância Robson teve dificuldades de aprendizado e precisou de reforço e acompanhamento psicopedagógico.
No início da vida escolar, tinha dificuldade para juntar sílabas e formar palavras. A mãe diz que ele chegou a ser recusado em alguns colégios.
Com informações do G1 e SNB