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Tratamento da Suíça acelera recuperação motora após AVC
25 de junho de 2018
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Foto: iStock
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Uma pesquisa feita por hospitais da Universidade de Genebra, na Suíça – em parceria com outras instituições – fez com que vítimas de AVC recuperassem o uso de seus membros mais rápido e de forma consistente.

A tratamento pioneiro reúne dois tipos conhecidos de terapias – uma interface cérebro-computador (ICC) e estimulação elétrica funcional (FES – Functional Electrical Stimulation). O resultado da pesquisa foi publicado na Nature Communications.

José del R. Millán, um dos participantes do estudo, explica que a chave é estimular os nervos do membro paralisado precisamente no momento em que a parte do cérebro afetada pelo AVC fica ativa para mexê-lo, mesmo que o paciente não consiga de fato realizar o movimento.

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“Isso ajuda a restabelecer a ligação entre os dois nervos”, explica.

A pesquisa

Vinte e sete pacientes, entre 36 e 76 anos, participaram do estudo clínico.

Todos tiveram uma lesão semelhante e que resultou em paralisia do braço moderada a grave após um AVC ocorrido pelo menos dez meses antes.

A metade dos pacientes tratada com a abordagem de terapia dupla dos cientistas relatou melhorias clinicamente significativas. O restante, tratado apenas com FES, serviu como controle.

Para o primeiro grupo, os cientistas usaram um sistema BCI que ligava o cérebro dos pacientes aos computadores usando eletrodos.

Isso permitiu identificar exatamente onde a atividade elétrica ocorria no tecido cerebral no momento em que esses pacientes tentavam alcançar a outra mão.

Toda vez que a atividade elétrica foi identificada, o sistema imediatamente estimulou o músculo do braço, controlando os movimentos correspondentes do pulso e dos dedos.

Os pacientes do segundo grupo também tiveram seus músculos do braço estimulados, mas em momentos aleatórios.

Esse grupo de controle permitiu que os cientistas determinassem quanto da melhoria adicional da função motora poderia ser atribuída ao sistema BCI.

Melhora

Eles notaram uma melhora significativa na mobilidade do braço nos pacientes do primeiro grupo após apenas dez sessões de uma hora.

Quando a rodada completa de tratamento foi concluída, algumas das pontuações desses pacientes na Avaliação de Fugl-Meyer (um teste usado para avaliar a recuperação motora entre os pacientes com hemiplegia pós-AVC) foram duas vezes maiores do que a do segundo grupo.

As eletroencefalografias (EEGs) dos pacientes ainda mostraram claramente um aumento no número de conexões entre as regiões do córtex motor de seu hemisfério cerebral danificado, o que correspondeu a uma maior facilidade em realizar os movimentos associados.

Além disso, a função motora melhorada não parece diminuir com o tempo. Isso porque, ao serem avaliados novamente de seis a 12 meses depois, os pacientes não perderam a mobilidade recuperada.

Um dos efeitos mais comuns do Acidente Vascular Cerebral (AVC) é deixar o paciente com um dos braços, ou mesmo uma das pernas, paralisado – justamente aquele no lado oposto do corpo de onde ocorreu o problema no cérebro.

Com informações da Nature Communications e Bol

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