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Multinacional emprega 1.300 trans no Brasil, sem preconceito
13 de setembro de 2018
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Centro de Operações da Atento no Brasil Foto: Divulgação
Centro de Operações da Atento no Brasil Foto: Divulgação

Inclusão sem preconceito. A lição é de uma multinacional do call center que emprega 1.300 trans no Brasil, entre os seus 78.000 funcionários.

A grande maioria dos transexuais da Atento trabalha como atendente de telemarketing e ganha salário mínimo.

Outras empresas como a Brakem, IBM, Avon e Carrefour também admitem pessoas trans no país.

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Isso é importante para quebrar paradigmas no país que mais mata transexuais no mundo: foram ao menos 868 travestis e transexuais mortos entre 2008 e 2016, segundo a ONG europeia Transgender Europe.

Outro dado mostra que 90% dos trans ganham a vida se prostituindo por falta de alternativas, segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).

Como

Empresas que estendem a mão para esse público cumprem um papel importante.

“Muitas empresas contratam consultorias para aumentar a diversidade. No nosso caso não foi necessário. Nossas plantas ficam nas capitais, em geral nas periferias. Eles vieram naturalmente, atraídos por uma jornada de seis horas, numa função que exige apenas o ensino médio. É um perfil de primeiro emprego”, afirma Eliane Terceiro, superintendente de responsabilidade social da Atento Brasil.

No entanto, se a chegada desses trabalhadores foi natural, o processo para incluí-los exigiu um pouco mais.

Banheiros

A presença dos trans na Atento passou a ser notada em 2012, quando a empresa criou uma ouvidoria.

“Começaram a chegar questões de pessoas trans que tinham que usar o banheiro do gênero com o qual não se identificavam”, lembra a executiva.

O tema foi discutido no conselho de ética da empresa, que decidiu ter uma atitude mais proativa.

“Fizemos um comunicado sobre o uso dos banheiros de acordo com a identidade de gênero”.

Mas então começamos a receber reclamações, principalmente de mulheres incomodadas com transexuais nos banheiros femininos”, conta Terceiro.

Para contornar o problema, foi necessário fazer uma campanha de conscientização sobre os valores da empresa e sua política de igualdade e inclusão.

Desde 2013 os trans usam o nome social no crachá durante o trabalho na Atento.

Com informações da Exame

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