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Brasil fatura 17 das 26 bolsas do Google para pesquisas
24 de outubro de 2018
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Foto: divulgação
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O Brasil foi o grande campeão do Latin America Research Awards (LARA), do Google.

17 das 26 bolsas oferecidas pelo programa pesquisa em ciências da computação na América Latina são brasileiras.

Os projetos vencedores da edição deste ano foram divulgados nesta terça, 23.

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O evento foi no Centro de Engenharia do Google, em Belo Horizonte, e reconheceu iniciativas das áreas de segurança, agricultura, detecção de doenças…

Os projetos destacados receberão um apoio de cerca de US$ 1,2 mil mensais – quase R$ 4.500 – durante um ano para continuarem suas pesquisas.

No total, o Google investirá US$ 535 mil – quase R$ 2 milhões – nesses estudos ao longo de 2019.

Vencedores

Entre os vencedores estão os pesquisadores Sandra Eliza Fontes de Avila e Alceu Bissoto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Eles desenvolveram um diagnóstico precoce do câncer de pele com redes generativas adversariais.

“O objetivo do projeto é fazer a detecção de câncer de pele já na triagem do hospital, de forma que só os casos mais complicados precisem ser encaminhados para a oncologia”, disse Avila à Galileu.

Marcus Rolf e Peter Ritt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) criaram em seu projeto algoritmos que ajudariam na redistribuição de terra no Brasil, no caso de reforma agrária no país.

“A ideia é usar a tecnologia para fazer o parcelamento do território que atualmente é realizado a mão. Avaliando algumas características da área, recursos hídricos, qualidade de solo, a inteligência artificial pode produzir as melhores soluções”, diz Rolf.

O meio ambiente é a preocupação do projeto de Jorge Arigony Neto e Guilherme Tomaschewski Netto, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), que desenvolveram uma rede de sensores de baixo custo para monitorar padrões meteorológicos e derretimentos de geleiras.

Enquanto as estações meteorológicas convencionais custam em torno de US$ 20 mil, as da dupla custaram por volta de US$ 500.

Este é o terceiro ano consecutivo em que o projeto recebe o apoio do Google.

“A temperatura do planeta está aumentando e há previsões de que continuará assim”, conta Jorge Arigony Neto.

Fake News e discurso de ódio

Um dos temas que mais se destacou entre os brasileiros foi o de combate às informações falsas, conhecidas como fake news, na internet.

Fabrício Bevenuto de Souza e Júlio Cesar Soares dos Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), criaram um método para medir a confiança das próprias notícias.

“O projeto dá uma pontuação de confiança nas notícias e nos sites que as publicam. A ideia é, através de informações extraída de vários sistemas e mídias, ajudar jornalistas a identificarem páginas e conteúdos relevantes que precisam ser checados porque estão disseminando um tipo de conteúdo que está se espalhando rapidamente”, explica Bevenuto.

Já Wagner Meira Júnior e Manoel Horta, também da UFMG, criaram um sistema para a detecção de discurso de ódio e propõem uma nova abordagem para identificar a disseminação de notícias falsas nas redes sociais.

“As fake news não existem num vácuo: elas existem num contexto político, onde pessoas têm relacionamentos e as compartilham. A grande questão do projeto é usar essas interações e atributos de quem as compartilha para melhorar a detecção desse tipo de conteúdo”, disse Horta.

Com informações da Galileu.

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