Pode não parecer, mas o mundo está melhorando sim! Apesar de tanta notícia ruim que a mídia comum derrama diariamente na cara da gente, números oficiais comprovam que está acontecendo uma evolução silenciosa, que cresce a cada década.
É o que mostra um levantamento feito pelo acadêmico sueco Hans Rosling em seu livro Factfulness – factualidade, em tradução livre.
Na publicação, Hans mostra gráficos que comprovam questões importantes como o aumento da expectativa de vida, as reduções da mortalidade infantil, da desigualdade social, da pobreza extrema, dos conflitos/guerras e o avanço da democracia.
Veja os principais pontos do livro:
1. Aumenta a expectativa de vida
Durante a Revolução Industrial, em 1.770, a expectativa de vida nos países europeus não ultrapassava 35 anos. As taxas muito altas de mortalidade infantil e morte de mulheres durante o parto diminuíam. Doenças comuns na época e erradicadas hoje, como varíola ou peste, também eram um grande problema. A expectativa de vida hoje passa dos 80 anos na Europa, Oceania, Américas, Ásia e Rússia. Na África chega aos 60 anos.
2. Cai a mortalidade infantil
Há mais de um século, a taxa de mortalidade infantil ultrapassava 10%, mesmo em países com alto nível de renda, como os Estados Unidos e o Reino Unido. Graças à medicina moderna, à previdência social e saúde pública, esse número foi reduzido nos países ricos até quase ser eliminado. Além disso, as economias em desenvolvimento, como a Índia e o Brasil, têm taxas de mortalidade infantil muito menores do que as economias hoje desenvolvidas tinham há um século, com um nível de renda muito semelhante. A taxa hoje é inferior a 10% em todos os países.
3. Índices de natalidade em queda
Embora muitas pessoas estejam preocupadas com o crescimento da população mundial, a realidade é que as taxas de natalidade diminuíram consideravelmente. As estimativas de longo prazo da Organização das Nações Unidas indicam que a população mundial se estabilizará em cerca de 11 bilhões até o final deste século. Em muitos países em desenvolvimento, como o Brasil, a China e várias nações africanas, optaram por seguir uma política de baixa natalidade. Para muitas economias avançadas, essa transição levou quase 100 anos (começando com a Revolução Industrial), mas outras conseguiram isso em duas ou três décadas.
4. O crescimento do PIB
Estados Unidos e a Europa Ocidental, líderes tecnológicos, cresceram cerca de 2% ao ano nos últimos 150 anos, o que significa que os níveis de renda dobraram aproximadamente a cada 36 anos. Levando em conta que houve inúmeros altos e baixos durante longos períodos de tempo, como a Grande Depressão ou a recente Grande Recessão, é quase um milagre que a taxa de crescimento permaneça constante a longo prazo. Países com baixo nível de renda, como a China ou a Índia, têm crescido a um ritmo mais acelerado nas últimas décadas, tanto que se aproximam inexoravelmente dos países ocidentais. Uma taxa de crescimento de 10% durante um período prolongado significa que a renda dobrará aproximadamente a cada sete anos. Em 1820 países como China, Índia, Oeste da Ásia e Japão tinham renda per capita na faixa de US$ 1.000. EUA e Europa ficavam entre US 2.100 e US$ 2.400. Hoje EUA passam de 52 mil, Europa 40 mil e Japão US$ 35 mil. Abaixo aparecem China com US$ 12 mil per capita, Leste da Asia 10 mil, Índia 6 mil, África US$ 4.500, números de 2016.
5. Melhora distribuição de renda
Embora a desigualdade social dentro dos países tenha aumentado como resultado da globalização, a desigualdade mundial permanece em declínio por várias décadas, em decorrência do desenvolvimento de países como a China e a Índia, onde centenas de milhões de pessoas melhoraram seu nível de vida. De fato, pela primeira vez desde a Revolução Industrial, cerca de metade da população mundial pode ser considerada de classe média. Veja o gráfico:
6. A democracia avança
Ao longo da história da humanidade, as pessoas viveram submetidas a regimes opressivos antidemocráticos. Hoje, cerca de metade da população mundial vive em democracia. Entre as que ainda estão em autocracias, 90% vivem na China. No entanto, o país asiático está mudando de rumo, então, há razões para acreditar que o desenvolvimento econômico sustentado levará a sua democratização (de acordo com a Teoria da Modernização).
7. Menos conflitos/guerras
A história do mundo é a história de sua divisão pelos conflitos. De fato, pelo menos duas das grandes potências estiveram em guerra durante mais de 50% do tempo desde 1500, aproximadamente. Enquanto a primeira metade do século XX foi especialmente sangrenta, com duas guerras mundiais em um pequeno intervalo, o período posterior poderia ser descrito como pacífico. Pela primeira vez em toda a história não houve guerras ou conflitos na Europa Ocidental em três gerações, e organizações internacionais como a União Europeia e as Nações Unidas têm sido peças fundamentais para trazer estabilidade ao mundo.
Com informações do ElPais
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