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Cirurgia de siamesas brasileiras unidas pela cabeça foi um sucesso
29 de abril de 2019
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Simulação de irmãs americana - Foto: Pixabay
Simulação de irmãs americana - Foto: Pixabay

Foi um sucesso a cirurgia que médicos de Brasilia e dos EUA fizeram neste fim de semana em duas irmãs siamesas, unidas pela cabeça, que nasceram em 2018 no Distrito Federal.

A operação foi neste sábado, 27, no Hospital da Criança de Brasília José Alencar e durou mais de 12 horas.

“Foi um sucesso. Elas estão reagindo como esperávamos”, comemorou o neurocirurgião Benício Oton, responsável pela operação, em entrevista ao Correio Braziliense.

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Agora, separadas pela primeira vez nesse curto tempo de vida, as irmãzinhas de 11 meses continuam cercadas de cuidado, em observação, para que possam crescer independentes.

A pedido dos pais, o caso e a identidade das meninas foi mantido em sigilo pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

História

No pré-natal, os exames mostravam que elas estavam unidas pela cabeça, único caso registrado até hoje em Brasília.

Uma grande equipe, incluindo neurologistas pediátricos, microcirurgiões, cirurgiões plásticos, obstetras, anestesistas e enfermeiros, entre outros profissionais foi mobilizada.

Ao menos 12 médicos acompanharam as meninas.

Uma equipe de especialistas em siameses dos Estados Unidos, um deles com 24 casos no currículo, também foi acionada para ajudar.

Cinco médicos norte-americanos estavam no hospital no momento da separação, observando o time brasiliense, que recebeu muitos elogios dos estrangeiros.

“Não era caso para uma pessoa só, mas para um time”, disse o neurocirurgião.

Nascimento

As meninas nasceram em junho do ano passado, no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib).

Após a cesariana foi constatado que elas tinham em comum parte da pele da testa, do crânio e da meninge, um conjunto de membranas que envolve o cérebro.

Como não compartilhavam nenhum órgão vital, a operação era viável e as chances de que a cirurgia de separação corresse bem eram muito boas.

O impedimento inicial era o fato de serem recém-nascidas, frágeis demais para um procedimento médico como o que enfrentariam.

A solução era esperar que elas crescessem, ganhassem peso e ficassem prontas para o desafio.

Plástica

Após a separação, a recomposição da pele era uma questão crucial.

Uma equipe de microcirurgia plástica ficou a postos para realizar um transplante de pele vascularizado.

“É uma medida necessária para evitar uma infecção ou um caso de meningite”, explica Oton.

Com informações do CorreioBraziliense

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