Teve alta esta semana a pequena Lis, gêmea siamesa separada da irmã, Mel, em uma cirurgia inédita no Distrito Federal.
Lis saiu da UTI nesta segunda, 28, uma semana depois de a irmãzinha, Mel, também deixar a unidade de terapia intensiva.
As irmãs agora são vizinhas de berço no Hospital da Criança, em Brasília, um mês após a cirugia.
“Está sendo maravilhoso. Acho que foi o que eu tanto esperei. Mais de um ano esperando esse momento e finalmente ter elas duas, poder vê-las separadas é coisa de outro mundo, é outra sensação”, disse Camilla Vieira, mãe das gêmeas.
Após a alta, as duas passaram por uma sessão de fisioterapia e tomaram banho de sol juntas.
“O pai delas estava segurando uma e a fisioterapeuta, a outra. Eu fiquei olhando e pensando: ‘gente, parece mentira, parece um sonho que elas estejam assim’. Meu coração explode de felicidade. É muito bonitinho elas brincando e se tocando. Uma toca em uma e ri, aí a outra tem horas que não quer, e fica aquela coisa de irmão. Nossa, para mim é maravilhoso, é o que eu tanto esperei”, emocionou-se Camilla.
“Na hora que eu entrei no quarto, ela já começou a rir e deu o braço, para eu pegar no colo. A Lis é mais quietinha, mais séria. Ela estava chorosa porque tinha acabado de acordar e não queria muito colo, mas foi muito bom”, disse o pai, Rodrigo Aragão, sobre o reencontro com a filha.
Ele estava em viagem a trabalho e foi presenteado com a alta de Lis.
As meninas compartilhavam apenas uma pequena parte do cérebro, que poderia ser retirada sem danos.
A equipe médica considera que a ligação das meninas, no lóbulo frontal direito dos crânios, facilitou o trabalho de separação, visto que permitiu às crianças se desenvolverem normalmente.
“Não são pacientes acamadas. São pacientes saudáveis, que tiveram o crescimento e o desenvolvimento motor perfeitamente normal”, destacou a anestesiologista Liliana Teixeira.
Com informações do Metrópoles
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