Um novo remédio está inibindo a esclerose múltipla durante 48 semanas, o equivalente a um ano.
A nova droga, que se chama evobrutinib, age bloqueando a molécula de tirosina-quinase de Bruton (BTK) e reduz lesões cerebrais recorrentes provocadas pela doença.
O resultado – publicado na revista médica New England Journal of Medicine – foi observado por ressonância magnética em pacientes humanos
O estudo foi apresentado na reunião anual da Academia Americana de Neurologia na Filadélfia, nos Estados Unidos, o mais importante em todo o mundo neste campo.
A pesquisa foi coordenada por Xavier Montalban, diretor do Centro de Esclerose Múltipla da Catalunha, Cemcat.
Lesões cerebrais
Durante os testes foi possível reduzir o número de lesões cerebrais já na 12ª semana de tratamento.
Montalban também ressaltou que, durante esta segunda etapa, o efeito perdurou por até a 48ª semana.
Com o resultado, os cientistas descobriram o primeiro tratamento oral que demonstra que a inibição da molécula BTK tem um efeito positivo na esclerose múltipla recorrente (MSD), bloqueando as células que atacam a mielina, a substância que reveste os neurônios.
“A molécula de BTK tem um mecanismo duplo que, por um lado, inibe a atividade dos linfócitos B e, por outro, afeta a imunidade inata”, disse o Dr. Montalban.
A segunda fase do ensaio durou um período de 52 semanas. Foram avaliados pacientes com idade entre 18 e 65 anos, que sofreram as maiores recidivas da doença.
“Com duas doses diárias de 75 mg de evobrutinib, 79% dos participantes não sofreram recaídas durante as 48 semanas de tratamento”, disse a equipe de especialistas.
Com informações do Nation
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