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Famílias retiradas de lixão ganham casa, comida e trabalho em PE
27 de julho de 2019
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Foto: Marcus Antonius / FPI / MPPE||
Foto: Marcus Antonius / FPI / MPPE||

Famílias que moravam em um lixão em Pernambuco estão sendo levadas para moradias dignas. Elas começaram a ser retiradas do local insalubre esta semana.

Pelo menos 50 pessoas, sendo 30 crianças, estavam morando dentro do lixão do município de Floresta, a 400 km de Recife. Elas foram descobertas há uma semana, depois do programa de Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco (FPI/PE).

Onze pessoas já foram transferidas para casas alugadas pela prefeitura, após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Pernambuco.

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O termo determina prazo para saída dos demais moradores e uma série de medidas para garantir os direitos básicos deles.

Aluguel pago

A Prefeitura de Floresta pagará o aluguel social para as famílias durante um ano.

As casas que elas receberam têm mobília, eletrodomésticos e utensílios domésticos.

O dinheiro para comprar o material foi arrecadado por meio de uma grande campanha realizada pelos integrantes da FPI, que reúne mais de 20 entidades e órgãos públicos e pela Polícia Rodoviária Federal, que encabeçou o projeto.

Ao todo, foram angariados R$ 60 mil que permitiram adquirir fogões, geladeiras, colchões, ventiladores, guarda-roupas, mesas, cadeiras, panelas, filtros, lençóis, toalhas, kits de higiene, cestas básicas e EPIs.

“A grande mobilização, encabeçada pela PRF, assegurou que as casas sejam mobiliadas. Mas, nós queremos mais. A assinatura desse TAC pela Prefeitura de Floresta traz a expectativa não só de moradias dignas, como também da inclusão social e produtiva dos catadores, sendo absorvidos no sistema de coleta seletiva da cidade”.

Palavras do promotor de Justiça e um dos coordenadores da FPI, André Felipe Menezes.

Casa nova

A catadora Josimara Maria da Silva, de 22 anos, o marido John Lopes e os filhos Isis, três anos, e Jonathan, de um ano, foram os primeiros a experimentar uma vida nova em uma casa, com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço, no bairro DNE.

“Eu vivia há 18 anos no lixão. Era uma casa de taipa, apenas um cômodo e sem banheiro. Não tinha luz e a água era no balde. Agora eu vou ser feliz. Aqui, tem tudo: água, energia, cama, filtro, prato”, contou Josimara, com sorriso no rosto.

Fabiana Viana da Silva, de 18 anos, também se mudou para um endereço formal, acompanhada do filho Caio, de dois anos, e do marido Raí Dantas Barbosa.

Ela saiu do lixão, onde morava há cinco anos, levando apenas algumas sacolas com roupas e pequenos objetos pessoais.

Junto com outras famílias realocadas na última quinta-feira, eles assistiram à imediata demolição dos antigos barracos.

“Eu vi minha casa ser derrubada. Só não chorei porque sabia que ia ter uma vida nova. Agora quero arrumar minha casa, minha geladeira, meu quarto. É a primeira vez que vou dormir em uma cama”, contava Fabiana, enquanto velava o sono do pequeno Caio, numa cama recém-montada.

Trabalho e comida

O Ministério Público de Pernambuco recomendou à prefeitura que adote as medidas necessárias para cessar imediatamente a permanência das famílias de catadores residentes na área do lixão, impedindo a moradia de pessoas nessa área e adotando iniciativas para assegurar disponibilização de moradias pelo prazo de um ano, de modo que não retornem ao local como residência.

A Prefeitura deve ainda disponibilizar cestas básicas para alimentação dessas famílias por seis meses, assegurar apoio com equipamentos de proteção individual e fardamento para que realizem a coleta de modo mais seguro.

Também é necessário apoio à organização da cooperativa de catadores e seu adequado funcionamento, com disponibilização de galpão.

A presença de crianças na área do lixão deve ser proibida, mediante o efetivo controle sobre o acesso ao local.

Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Com informações do DiárioDePernambuco

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