Um novo modelo de prótese, desenvolvido na Suíça, permite que pessoas com membros inferiores amputados sintam os pés e joelhos em tempo real.
Ela foi criada pelo ETH Zürich, o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique.
Em artigo publicado na Nature Medicine, os cientistas e pesquisadores envolvidos explicam como eles adicionaram sensores e eletrodos para dar sensibilidade, noção de movimentos e retorno até a sola dos pés.
Testada em dois pacientes, a nova prótese desgasta menos o corpo e garante maior sensibilidade graças a sete sensores inseridos na parte interna.
Ela é diferente de outra mostrada em julho no SnB, que é controlada pelos pensamento.
Foco nas pernas e nos pés
Até então as próteses comuns sempre apresentavam obstáculos para que os usuários pudessem sentir os membros amputados.
Além da questão psicológica de se ter a sensação dos movimentos dos membros, há também uma questão de facilitação de movimentação, já que sentir pés, mãos, joelhos e afins facilita a noção espacial do corpo humano.
A maioria dos modelos criados até agora é focado apenas nos braços e mãos.
Bons resultados
Os primeiros modelos testados apenas em duas pessoas trazem resultados animadores.
Eles foram feitos com uma prótese Össur, que vem com um microprocessador e um sensor de ângulos no joelho.
A prótese tem uma camada interior com sete sensores nos pés.
Os sensores transmitem sinais em tempo real, por Bluetooth, para um receptor localizado no ângulo.
Um algoritmo no receptor adapta o feedback para sinais neurais e entrega, por meio de um implante feito no nervo tibial do usuário, a sensação.
Assim, o cérebro pode interpretar os sinais de joelho e pés.
Agilidade nos movimentos
A prótese modificada ajudou os pacientes a andarem mais rápido, sentir maior confiança nos movimentos e até a consumir menos oxigênio – o que indica que o uso dessa prótese modificada exige menos desgaste do que as convencionais.
Não há nenhuma informação ou previsão para que esses modelos de prótese cheguem ao mercado, mas é um passo importante para a modernização de uma tecnologia tão importante para tantas pessoas ao redor do mundo.
No vídeo divulgado no YouTube a empresa explica como funciona a tecnologia por meio de animações e ainda mostra como foi o teste com os dois pacientes que experimentaram a prótese modificada.
É possível ver, no registro, os usuários utilizando as próteses para atividades cotidianas, como caminhar e dirigir.
Veja:
Com informações da B9
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