Felipe Hilário Meireles é eletricista e desde setembro do ano passado já fez mais de 300 casinhas para cães que vivem em situação de rua.
O projeto, chamado Casinhas Azuis, conta com a ajuda de voluntários em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A intenção dele é mudar a impressão que os moradores têm em relação aos animais abandonados.
“Quando tu passa numa rua e vê uma casinha de um cão comunitário, tu vê ali algo estragado e isso até causa revolta em quem mora próximo ao animal [que dorme ali]. Então nosso projeto criou essa estrutura bonitinha para que os moradores peguem carinho, e isso tem acontecido”, conta o eletricista.
Ele diz que já viu algumas vezes o poder da casinha azul em ação.
“As pessoas maltratavam o animal, mas depois que trocamos a casinha, elas estavam cuidando, levando ração, limpando ao redor dela”.
E o projeto, segundo Felipe, nasceu por acaso.
“Um ano atrás, uma professora de uma escola estadual precisou de uma casinha para um cão comunitário que ficava ao relento numa escola. Ela perguntou para um amigo meu se ele conseguiria e ele veio até mim”, relembra.
“Fui num ecoponto e fiz a casinha, inclusive pintei e tudo. Ela tirou fotos, colocou no Facebook e os protetores começaram a me procurar. Comecei, então, a pegar materiais reciclados, fazer outras e doar para eles”, completa.
Casinhas Azuis
O nome também foi escolhido por conta das circunstâncias.
“Elas são dessa cor devido às primeiras tintas que usei: ganhei seis galões de tinta azul e coloquei o nome do projeto social como Casinhas Azuis”, diz Felipe, que ficou conhecido na cidade como O Homem das Casinhas Azuis.
Embora tenha começado de um pequeno gesto de solidariedade, a iniciativa cresceu e hoje tem parceria com de 350 protetores só na cidade. Em todo o estado são 1,8 mil protetores
A ideia, um ano depois, é conseguir dar um lar para cães sem dono, em todo o Brasil.
“Se conseguíssemos isso, nós poderíamos fazer muito mais, porque o sonho do projeto é largar em todo o Brasil, inclusive temos contato com protetores de Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais. O que precisamos é de subsídio para levar o projeto até lá, conseguir organizar e nos tornamos uma rede nacional. Isso é importante para nós”.
Adoção em troca de casinha
A intenção do projeto é promover teto temporário para esses animais, já que o grande objetivo é que, no fim, todos eles encontrem um lar, além da casinha azul.
Ao ganharem uma nova família, os “doguinhos” e até gatinhos que aparecem de vez em quando, já vão com casinha e tudo.
“Quem adota esses animaizinhos já ganha a casinha”.
Pedidos
Quem já tem um peludinho em casa e quiser dar um teto azul do Felipe, pode fazer um pedido de modo particular.
O valor simbólico, de R$ 80 é depositado direto na conta do projeto para ajudar na compra de telha, tinta e pregos para mais casinhas.
A preferência, contudo, é para animais em situação de rua.
Com informações da Rede TV
Espalhe notícia boa nas suas redes sociais. Siga o SNB no Facebook, Twitter, Instagram e Youtube