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Notícia ruim faz mal para saúde mental, revela pesquisa. Notícia boa é opção
16 de outubro de 2019
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Foto: Pixabay
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Quanto mais uma pessoa consome notícia ruim, negativa, maior a probabilidade de ela ficar triste, angustiada, se preocupar, e continuar nesse vivendo nesse ciclo de tensão.

Foi o que comprovou um novo estudo publicado no Science Advices com o título: “A exposição a eventos de violência em massa na mídia pode alimentar um ciclo de angústia”.

A pesquisa da Universidade da Califórnia, realizada com de 4165 voluntários dos EUA, mostra que o consumo exagerado desse tipo de notícia pode prejudicar a saúde mental.

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Os especialistas estudaram os chamados “traumas coletivos”, como atentados terroristas e desastres naturais que as pessoas passam horas assistindo na tv e no rádio.  O estudo reafirmou que a exposição exagerada a notícias ruins é um problema de saúde pública porque eventos como esses causam implicações na saúde mental — e às vezes física — das pessoas.

“A exposição repetida à cobertura noticiosa de traumas coletivos tem sido associada a consequências ruins para a saúde mental — como flashbacks — nas consequências imediatas, e respostas ao estresse pós-traumático e problemas de saúde física ao longo do tempo, mesmo entre indivíduos que não experimentaram diretamente o evento”, alertou a psicóloga Rebecca Thompson ao Gizmodo.

Essa foi a primeira vez que os efeitos desse tipo de consumo de notícias foi observado a longo prazo. “Nosso estudo é único porque é o primeiro a demonstrar o padrão [resultante] da exposição repetitiva a eventos de violência em massa, e o estresse que isso causa durante o tempo em uma grande parcela da população que foi pesquisada por vários anos”, contou a psicóloga

“A cobertura midiática desses eventos, alimentada pelo ciclo de notícias de 24 horas e pela proliferação de tecnologias móveis, é muitas vezes repetitiva e pode conter imagens gráficas, vídeos e histórias sensacionalistas, estendendo o impacto a populações além das pessoas diretamente envolvidas”, afirmou uma das pesquisadoras, a psicóloga Roxane Cohen Silver, à publicação da Universidade da Califórnia, em Irvine (UCI).

A equipe ressalta que acompanhar quase “obsessivamente” os desdobramento de tragédias é comum, tanto porque é fruto da curiosidade humana, quanto porque é uma forma “instintiva” de saber o que fazer para ficar seguro. Contudo, o equilíbrio é essencial, principalmente por parte dos veículos de imprensa:

“Para os meios de comunicação, recomendamos moderar os aspectos sensacionalistas da cobertura noticiosa desses eventos, de modo a não provocar preocupação e angústia excessiva entre os espectadores”, recomendou Thompson.

Em outras palavras, mantenha-se informado sobre o que está acontecendo, mas evite acompanhar longas transmissões de tragédias e catástrofes. Saiba apenas o essencial e troque de canal.

O poder da notícia boa

Para sair desse estado de espírito ruim, leia informação positiva. Outros estudos já comprovaram o poder transformador da notícia boa.

Depois de assistirem a histórias boas, entrevistados relataram que a sensação ter um “bom dia” foi prolongada, permaneceu em 88% do tempo, ou seja, eles ficaram bem quase o dia todo.

Com informações da UCINews, ScienceAdvances , Galileu e SnB

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