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Fim do “criado-mudo”. Loja tira nome racista do catálogo. Vídeo
22 de novembro de 2019
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Foto: reprodução / Youtube / Etna
Foto: reprodução / Youtube / Etna

A Etna baniu do seu catálogo a palavra “criado-mudo”, um termo considerado racista. Agora o móvel, que fica ao lado da cama, se chamará “mesa de cabeceira”.

Muita gente não sabe a origem horrível desse nome. Em 1820 os escravos que faziam os serviços domésticos eram chamados de criados e alguns passavam dia e noite imóveis ao lado da cama do “senhor” com um copo d’água, ou segurando roupas. E tinham que ficar calados, mudos, porque alguns “senhores” achavam incômodo o fato de eles falarem. Muitos chegavam a perder a língua.

Surgiu ali a ideia de criar um pequeno móvel para ficar ao lado da cama, usado para apoiar objetos e exercer a função que era atribuída ao escravo doméstico. E para não confundir os dois, passaram a chamar a mesinha de “criado-mudo”.

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A mudança

A marca resgatou a origem do termo para embasar a decisão de institucionalizar a mudança para “mesa de cabeceira”.

A Etna anunciou a troca nesta quarta-feira 20, Dia da Consciência Negra e fez uma campanha para explicar a decisão.

No vídeo, a empresa diz que o termo é considerado racista e deve ser substituído por ‘Mesa da Cabeceira’.

“Dois séculos depois, sem nos dar conta, ainda carregamos termos racistas como esse, mas sabemos que é sempre tempo de mudar e evoluir”, diz o comunicado.

Assista:

Com informações da CartaCapital e Etna

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