Bebê salva vida do irmão com leucemia: cordão umbilical

Ysadora Veloso Lezcano, de 1 anos e 8 meses, ajudou a salvar a vida do irmão Yuri Veloso Lezcano, de 6 anos, que teve leucemia. Ela doou sangue do cordão umbilical para um transplante de medula óssea.
O caso aconteceu em Curitiba, no Paraná e o garoto, apaixonado pelo Capitão América, conseguiu vencer a batalha pela vida.
A mãe, Adriana dos Santos Veloso, de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, explicou que o final feliz aconteceu graças à pequena Ysadora, uma verdadeira heróina.
“‘Mãe, o sangue da irmã agora tá em mim?’ Sim filho, respondi. Toda hora ele falava: ‘a minha irmã trouxe vida para mim. Eu amo a minha irmã’”, contou Adriana ao G1.
A filha
Adriana Veloso pôde ver o nascimento da filha, depois de exames mostrarem que ela não poderia mais engravidar.
Ela sabia que se o filho tivesse um irmãozinho, a criança poderia ser compatível para o transplante de medula óssea. Então, não houve dúvida.
Quando Ysadora nasceu, a mãe optou por congelar o cordão umbilical. Todo o procedimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (Sus).
Compatível
Os irmãos eram compatíveis para fazer o procedimento. A chance disso acontecer era de apenas 20%, conforme os médicos.
“Depois de três, meses eles me ligaram. Quando eu ouvi a voz dele [médico], vi que estava emocionado. Ele falou com muita alegria que ela nasceu 100% compatível. Comecei a chorar de alegria! Quando saí na rua parecia que eu flutuava”, contou a mãe.
A vitória
Yuri aguardou durante dois anos por um doador compatível.
O transplante foi realizado no dia 18 de outubro e, felizmente, foi um sucesso, relembrou a mãe.
O menino teve alta em novembro, mas deve ficar até fevereiro de 2020 em Curitiba.
De acordo com os médicos do menino, ele tem se recuperado bem.
Transplante pelo SUS
Segundo o INCA, o sangue de cordão umbilical (SCUP) é rico em células-tronco hematopoéticas, que são aquelas capazes de produzir os elementos fundamentais do sangue, essenciais para o transplante de medula óssea.
O INCA informou que todo o procedimento para esse tipo de transplante é coberto pelo SUS.
O Ministério da Saúde ainda conta com a Rede BrasilCord, com treze bancos públicos de sangue de cordão.
Conforme o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), de janeiro até novembro deste ano, foram realizados nove transplantes com sangue de cordão umbilical no Brasil. Em todo o ano de 2018, foram quatro.
Até o dia 30 de novembro de 2019, 850 pessoas aguardavam por um transplante de medula óssea no Brasil.
O banco conta com mais de 5 milhões de doadores cadastrados, mas nem todos são compatíveis com os pacientes.
Veja como fazer a doação de medula, ou do cordão umbilical, no site do INCA.

Com informações do G1
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