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Remédio contra rejeição em transplantes faz a pele rejuvenescer
7 de janeiro de 2020
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Foto: Stone/Getty Images
Foto: Stone/Getty Images

Cientistas dos EUA descobriram que um remédio usado para evitar rejeição em transplantes de órgãos funciona também para evitar rugas e o envelhecimento da pele.

Um estudo publicado no periódico GeroScience, afirma a rapamicina, usada de forma tópica – aplicada diretamente na pele em forma de creme – é capaz de retardar o envelhecimento, melhorar o aspecto da pele, reduzir rugas, flacidez e deixar o tom de pele mais uniforme.

Atualmente, a rapamicina é aprovada apenas como imunossupressor para evitar a rejeição de órgãos transplantados.

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Motivo

Esse efeito positivo na pele ocorre porque a principal função da rapamicina é bloquear a proteína TOR, molécula que atua como mediadora no metabolismo, crescimento e envelhecimento das células.

“Quando as células envelhecem, elas se tornam prejudiciais e criam inflamação. Isso faz parte do envelhecimento. Essas células que sofreram estresse passam a bombear marcadores inflamatórios”, explicou Christian Sell, principal autor do estudo, em comunicado.

Com base nessa descoberta, os pesquisadores agora querem investigar o uso da rapamicina para tratar outras doenças.

O estudo

O estudo foi feito durante 8 meses por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Drexel, nos Estados Unidos.

As primeiras experiências foram feitas com um pequeno grupo de 13 pessoas acima de 40 anos.

Os participantes receberam um creme de rapamicina e foram orientados a aplicar a loção a cada um ou dois dias em uma das mãos, enquanto aplicavam placebo na outra. Os voluntários foram acompanhados e os pesquisadores realizaram análise de sangue e biópsia a cada dois meses até o fim do estudo.

Resultados

Os resultados mostraram que a maioria das mãos que receberam a aplicação de rapamicina apresentaram aumento na proteína de colágeno e níveis mais baixos de proteína p16 – um importante marcador do envelhecimento das células da pele.

Por causa disso, esses participantes tiveram menos células senescentes, que estão associadas ao surgimento de rugas.

Além das vantagens cosméticas, a equipe observou que os níveis mais baixos de proteína p16 ajudam a evitar a atrofia dérmica, condição comum em idosos, caracterizada por uma pele frágil que rasga com facilidade, apresenta lenta cicatrização em caso de cortes ou perfurações, assim como aumenta o risco de infecção.

 

Com informações da GeroScience, Springer e Veja

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