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Fuja da solidão: ter amigos faz bem para o corpo e retarda o envelhecimento
6 de outubro de 2012
- Bruno M.
Mulheres são mais empáticas do que homens, mostra pesquisa. Foto: Divulgação
Mulheres são mais empáticas do que homens, mostra pesquisa. Foto: Divulgação
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Os filósofos dizem que morremos sozinhos. Mas podemos morrer mais cedo se passarmos a vida sozinhos.
Vínculos próximos com amigos e familiares podem afastar problemas de saúde e uma morte prematura, sugerem pesquisas recentes.
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em São Francisco, publicada em julho, revela que a solidão é um fator de risco para a morte prematura em adultos que têm mais 60 anos.

Mais de 43% dos 1.604 participantes do estudo, relataram que se sentiam excluídos, isolados e sem companhia com frequência.

A maioria das pessoas solitárias (62,5%) era casada ou não morava sozinha, uma indicação de que se sentir solitário e estar sozinho não são a mesma coisa.
“Não é a quantidade, mas a qualidade de seus relacionamentos que importa”, diz a geriatra Carla Perissinotto, que liderou o estudo.
“Os efeitos da solidão para a saúde não devem ser ignorados. As pessoas solitárias não têm a iniciativa de conversar com um médico ou com os filhos. E se elas não conversarem com ninguém a respeito, ninguém vai tomar conhecimento — alerta.
Outras pesquisas descobriram que a solidão crônica está associada a problemas de pressão arterial alta, doença cardíaca coronária, diminuição da resposta imunológica, depressão, dificuldades de sono, declínio cognitivo e demência.
“Até o momento, os pesquisadores ainda não compreenderam o modo como a solidão prejudica a saúde e acelera o envelhecimento ” diz a psicóloga Louise Hawkley, da Universidade de Chicago.
As pessoas cronicamente solitárias, estimadas em 20% da população em geral e até 40% dos adultos com mais de 65 anos, podem ter problemas por causa da maneira como concebem as outras pessoas, conforme Louise.
“Em vez de procurar por sinais de aceitação vindos dos outros, as pessoas solitárias ficam em alerta procurando por sinais de rejeição”,  diz a psicóloga.
É preciso aprender a renovar as amizades
“Da mesma forma que nos exercitamos, pagamos impostos e mantemos uma alimentação saudável, precisamos começar a substituir os amigos assim que os perdemos, particularmente quando chega a época da aposentadoria”, recomenda Vaillant, autor do livro “Triumphs of Experience: The Men of the Harvard Grant Study” (“Triunfos da Experiência: O Homens do Grant Study de Harvard”), baseado em uma das maiores pesquisas sobre o envelhecimento já realizadas no mundo.
Vaillant aconselha a cultivar amizades com pessoas mais jovens por conta de sua energia e do frescor de sua visão de mundo.
“É preciso se interessar em alguém diferente de si mesmo. É por isso que o voluntariado é tão importante, é a única maneira de parar de pensar no seu próprio, único e maravilhoso ego é pensar nos outros — ensina.
Com informações do ZeroHora/NY
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