Vovó de 96 anos faz mantas de tricô para aquecer crianças de rua
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Comercial
Foto: Folha
Como ajudar as crianças que passam frio nas ruas, nessa éoca de inverno?
Uma senhora de 96 anos, chamada Alzira Freitas Peixoto, usa sua melhor ferramenta: ela faz tricô e doa mantas para os sem teto.
No jardim da Santa Casa de São Paulo, sentada numa cadeira de rodas devido à idade, ela faz crescer a manta colorida que enfeita seu colo.
A quem se aproxima ela conta, com um sorriso orgulhoso, que os tricôs são para doação. “Dou para as crianças pobres. Elas sentem muito frio.”
A tarefa começa ali, nas manhãs em que o tempo ajuda, continua em casa, que fica a algumas quadras do hospital, e vai até a noite.
“Lá trabalho mais, porque aqui toda hora é uma distração. Fico vendo as pombas, as pessoas que passam.”
A costura final das peças é feita por sua filha, Alzira Cattony, 78, com quem mora.
Também foi ela que lhe deu a ideia da boa ação, há três anos e meio.
A mãe já estava cansada de fazer cachecóis, e era raro encontrar um conhecido que ainda não tivesse ganhado um exemplar.
“Sugeri que a gente emendasse as tiras para fazer mantas e doá-las”, conta a filha.
O terceiro elemento dessa microrrede solidária é a professora de ioga Maria Lúcia Corrêa, 56, que leva peças para a Federação Espírita do Estado de São Paulo e à Igreja Nossa Senhora do Bom Parto.
“É gratificante para quem recebe e uma terapia para ela.”
Apesar da boa memória na maior parte do tempo, dona Alzira não consegue se lembrar de quem a ensinou a fazer tricô.
Durante muitos anos, foi professora de vitrinismo e empacotamento artístico do Senac, onde aposentou-se há cerca de três décadas.
Dona Alzira é prova de que, para ajudar, mais importante do que dinheiro é preciso ter vontade, ideia e iniciativa.
Linda ela, não?
Com informações da Folha.