Cientistas desenvolvem cabelos em laboratório: esperança carecas!

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Cientistas britânicos e americanos anunciaram o que pode ser no futuro a cura da calvície: eles desenvolveram cabelo humano em laboratório.
A boa notícia foi descoberta por pesquisadores da Universidade de Durham, na Grã-Bretanha, e do Centro Médico da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos.
Os cabelos foram desenvolvidos a partir de vários tipos de tecido capilar.
Técnica
Para a pesquisa, a equipe usou tecido da base do cabelo.
As células humanas, depois de cultivadas, foram reimplantadas na pele de camundongos, permitindo a produção de folículos pilosos.
De acordo com Angela Christianio, professora de dermatologia da Universidade de Columbia, em Nova York, principal co-autora desta pesquisa, publicada na PNAS (Atas da Academia Americana de Ciências), “este método permite desenvolver um grande número de folículos, ou regenerar os folículos existentes, utilizando as células da derme papilar provenientes de uma centena de doadores de cabelos”.
Após seis semanas, novos folículos capilares se formaram em cinco dos sete experimentos e novos pelos começaram a crescer.
Esperança
O estudo não é conclusivo e demanda ainda mais pesquisa, segundo os acadêmicos.
Para o professor Colin Jahoda, da Universidade de Durham, a pesquisa abre caminho para a cura da calvície, mas ainda é muito cedo para os calvos voltarem a sonhar com a cabeleira.
“Está mais perto, mas ainda há muito caminho pela frente, já que o que as pessoas querem cosmeticamente é o crescimento do cabelo no mesmo formato, no mesmo tamanho, tão grande quanto antes. Isso quase requer soluções de engenharia”, disse.
Jahora disse que a calvície será tratável, mas prefere a cautela.
“É dificil dizer exatamente quanto tempo isso vai levar, mas o fato de que já conseguimos isso só deve reavivar o interesse”, disse.
Como um eventual tratamento deve incluir o transplante de células desenvolvidas em laboratório, a segurança é uma preocupação. Há o risco de infecção e do crescimento anormal das células, inclusive o risco de câncer.
A primeira aplicação prática do estudo, no entanto, pode se dar no enxerto de pele em caso de queimadura, segundo Jahora.
Para a professora Angela Christiano, da Universidade de Columbia, a pesquisa “tem o potencial de transformar o tratamento médico para a queda de cabelo”.
Com informações da BBC.