Eu tenho uma tia surfista! Seria comum se ela não tivesse 72 anos e sofresse de artrose na coluna.

Maria do Carmo de Jesus conta que foi o surfe que a ajudou a amenizar as dores, que hoje são suportáveis.

“Quando entro na água esqueço tudo”, disse em entrevista à Folha – tá ficando famosa!

Tia Maria do Carmo sempre foi à frente do seu tempo. Tem cabeça jovem, papo pra frente e sorriso doce.

É uma verdadeira provocação para jovens e adultos que tropeçam no medo e deixam de realizar seus sonhos.

A filha, Sandra – minha prima – conta que a mãe “sempre gostou de nadar e o sonho era surfar. E conseguiu! É um orgulho, comemora.

A surfista, repito, de 72 anos, já contabiliza 3 praias onde pegou onda:  Santos, Bertioga e Floripa.

Ela lembra que no começo as amigas duvidavam que estivesse surfando.

Maria do Carmo é comerciária aposentada, mora no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, e desce a serra toda semana para surfar nas praias de Santos, no litoral sul do Estado.

Foi em Santos que conheceu a escola pública de surfe do veterano Cisco Aranã, de 57 anos – o mesmo que dá aulas para o menino Raphael dos Santos, que tem paralisia cerebral, mostrado na semana passada aqui no SóNotíciaBoa. Releia aqui.

As aulas de Maria do Carmo começaram há uns 5 anos, quando ela foi se informar e descobriu que eram para todas as idades.

“Eu sempre gostei de esportes radicais, mas nunca tinha tido a chance de praticá-los”, revelou em entrevista à revista Home Angels, onde foi capa! (foto acima)

Como todo aluno iniciante, ela começou devagar, no body board, para se adaptar e pegar o equilíbrio necessário.

Depois veio o pranchão e em seguida a prancha tradicional, que é menor, porém mais difícil. E Maria do Carmo tirou de letra!

“Eu acho que tudo que você tem vontade deve ser feito, tem que ser tentado. Você pode tudo e não há limites pra nada”, ensina.

E ela avisa que não vai parar por aí: “Meu próximo desafio é fazer um voo de parapente!”.

Sandra, a tia está mais pra adolescente do que pra idosa! E nós dois… bem, melhor nem comentar.

Aplaudimos de pé!

Por Rinaldo de Oliveira – Com informações da Folha, revista HomeAngels, e SnB