Foto: Observador
Cientistas acreditam ter descoberto uma forma de “desligar” doenças autoimunes, como a esclerose múltipla e a diabetes de tipo 1.
Através da injeção regular de proteínas sintéticas na corrente sanguínea, em doses crescentes, é possível “treinar” o corpo para que ele entenda e impeça as células de atacarem seus tecidos saudáveis.
É que as doenças autoimunes, altamente debilitantes, enganam o corpo, levando-o a atacar a si próprio.
“Nas alergias, o sistema imunológico cria uma resposta a alguma coisa, como o pólen ou as nozes, porque acredita que estes irão fazer mal ao corpo. Mas nas doenças autoimunes, o sistema imunológico vê pequenos fragmentos de proteína dos nossos próprios tecidos como invasores e começa a atacá-los”.
A terapia
A descoberta, feita por cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e trata-se de um importante avanço no tratamento de doenças autoimunes, tratamento que poderá melhorar as condições de vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
Tratamento
Atualmente, as doenças autoimunes são tratadas recorrendo a medicamentos que suprimem o sistema imunológico, algo que provoca diversos efeitos colaterais, como infeções e perturbações nos mecanismos reguladores naturais, que têm de ser minimizados através do uso de outros remédios mais específicos.
O desenvolvimento deste novo tratamento poderá oferecer uma opção de baixo risco, face aos medicamentos atuais, permitindo manter o bom funcionamento do sistema imunológico.
O tratamento está atualmente em fase de desenvolvimento clínico na empresa de biotécnica Apitopo, uma “spin-out” da Universidade de Bristol.
O estudo, financiado pela Wellcome Trust, foi publicado este mês na revista Nature Communications.
Com informações do Observador e Universidade de Bristol