Pesquisadores norte-americanos descobriram uma possível causa do glaucoma e estão desenvolvendo um colírio para tentar curar a doença, q que rouba a visão de 60 milhões de pessoas em todo o mundo.
O estudo foi publicado, este mês, no Journal of Clinical Investigation.
Comunicado da Universidade de Northwestern (UN), informa que o novo estudo identificou os blocos moleculares necessários para a reabilitação dos mecanismos de drenagem no olho e fornece as “ferramentas” químicas para os reparar.
Até agora, a base molecular da doença, causada pela deficiência dos canais de drenagem, era desconhecida.
Segundo a autora, Susan Quaggin, neurologista na UN, “este é um grande passo na compreensão da causa da doença”.
Colírio
A cura pode estar em um colírio, um medicamento aplicado diretamente nos olhos ou nas pálpebras, que está sendo desenvolvido pela pesquisadora Quaggin em colaboração com Amani Fawzi, professor e médico oftalmologista, Xiaorong Liu, professor assistente de Oftalmologia, e Samuel Stupp, cientista na UN.
“Imaginem se pudéssemos aumentar o canal de Schlemm [vaso que se destina à drenagem de um líquido aquoso excedente dos olhos] nas pessoas com glaucoma de forma a diminuir a pressão no olho”. “É isso que nós esperamos com este novo colírio”, disse Quaggin.
A doença
Glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intra-ocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, compromete a visão. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
A pesquisa da universidade encontrou uma sinalização química fundamental para o funcionamento saudável do canal de Schlemm e as substâncias necessárias para o seu crescimento e desenvolvimento.
Este processo químico funciona como chave e fechadura.
A fechadura é uma substância chamada Tie2 e a chave para a abrir é um fator de crescimento chamado angiopoietina (conjunto de fatores de crescimento).
A falta de um dos dois prejudica o funcionamento do canal de Schlemm e provoca o aparecimento do glaucoma.
O estudo foi desenvolvido em cobaiais, mas Quaggin acredita que as descobertas possam ser relevantes no glaucoma humano.
Com informações do Boas Notícias